Reuters
"O Salvador nos assegura de sua presença real entre nós, por meio da Palavra e da Eucaristia", explica Bento XVI
O Papa destacou a passagem bíblica de Lucas 24,35-48, onde Cristo Ressuscitado se apresenta aos discípulos, e eles incrédulos e tomados pelo medo, pensam estar vendo um fantasma.
Para explicar esse acontecimento, o Santo Padre recorre ao filósofo italiano Romano Guardini que destaca as características dessa mudança de Jesus: “O Senhor mudou. Não vive mais como antes. A sua existência não é compreensível. No entanto, é corpórea, inclui toda a sua vida, o destino percorrido, a sua paixão e morte. Tudo é realidade. Modificada, no entanto, mas sempre tangível realidade”.
Bento XVI descreveu como Jesus convenceu os Apóstolos de que não era um fantasma: "Visto que a Ressurreição não apaga os sinais da crucificação, Jesus mostra aos Apóstolos as mãos e os pés. E para convencê-los, pede até mesmo algo para comer. Assim os discípulos ofereceram uma porção de peixe assado; que Ele aceitou e comeu diante deles".
Devido a esses sinais muito reais, os discípulos superaram a dúvida inicial e se abriram ao dom da fé, explicou o Papa. Fé que os permite entender as coisas escritas sobre Cristo “na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
A passagem de São Lucas destaca ainda que Jesus abriu a "inteligência dos discípulos" para que eles compreendessem melhor o que havia acontecido e que estava além de suas razões humanas.
Superando qualquer dúvida da presença de Jesus Cristo entre nós, Bento XVI esclareceu como e quando Ele se faz presente:
"O Salvador nos assegura de sua presença real entre nós, por meio da Palavra e da Eucaristia. Por isso, como os discípulos de Emaús reconheceram Jesus ao dividir o pão, assim também nós encontramos o Senhor na Celebração Eucarística", afirmou.
Ao citar São Tomás de Aquino, o Papa disse que “é necessário reconhecer, de acordo com a fé católica, que o Cristo por inteiro está presente neste Sacramento… porque nunca a divindade deixou o corpo que assumiu".
Por fim, lembrou de um momento muito importante na vida dos jovens e convidou os envolvidos a se dedicarem a esse Sacramento. "Caros amigos, no tempo pascoal a Igreja, frequentemente, administra a Primeira Comunhão às crianças. Exorto, portanto, os párocos, os pais e os catequistas a preparar bem esta festa da fé, com grande fervor mas também com sobriedade. Este dia permanece na memória como o primeiro momento em que se percebe a importância do encontro pessoal com Jesus”.
Bento XVI pediu ainda a intercessão da Virgem Maria, para que ela "nos ajude a escutar com atenção a Palavra do Senhor e a participar dignamente do Sacrifício Eucarístico", para assim nos transformarmos "em testemunhas da nova humanidade".
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