Quatro pessoas foram presas envolvidas em revenda de carga roubada.
Desinfetantes, sabonetes e bronzeadores eram produzidos ilegalmente.
Produtos roubados eram receptados por quadrilha
(Foto: Wanessa Andrade / Globo Nordeste)
A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (23) o caso de uma
quadrilha que fazia parte de um esquema de revenda de carga roubada e de
fabricação ilegal de produtos cosméticos em Olinda. As investigações
começaram com a queixa de um roubo de carga de produtos de limpeza, no
mês de março, na cidade de Escada, na Zona da Mata Sul de Pernambuco.
Quatro pessoas foram presas, entre os dias 4 e 19 de abril deste ano.(Foto: Wanessa Andrade / Globo Nordeste)
“A Vigilância Sanitária já tinha informações de que havia uma possível fábrica de cosméticos ilegais, que já tinham até causado danos a uma criança. Então, eles repassaram a informação para a polícia. Por fora, a gente vinha investigando o roubo dos produtos de limpeza. Soubemos que o material foi levado até Olinda e fomos até o local. De cara, percebemos que tinha mais do que apenas os produtos roubados”, contou o delegado Osias Tibúrcio, responsável pelo inquérito.
O depósito onde estavam guardados os materiais foi encontrado no último dia 4 de abril, no bairro de Peixinhos, em Olinda. No local, havia mais de 3 mil litros de amaciantes e desinfetantes. A fábrica clandestina também produzia produtos como sabonetes, colônia, bronzeadores, todos sem autorização da Vigilância Sanitária. Na ocasião, foi preso em flagrante um argentino, que seria químico e responsável pela fabricação dos cosméticos.
De acordo com informações da polícia, a quadrilha comprava embalagens, selos e usava códigos de barras para dar a impressão de que os produtos eram legalizados. “Eles vendiam por um preço menor a alguns estabelecimentos. Encontramos os produtos de limpeza em um mercadinho em Casa Amarela. Os cosméticos eram vendidos até em farmácias”, revelou o delegado.
Depósito funcionava como fábrica de cosméticos
(Foto: Divulgação / Polícia Civil)
Ainda segundo Osias Tibúrcio, após dias de investigação, ele ouviu
cerca de 30 pessoas e conseguiu o mandado de prisão contra mais cinco
suspeitos envolvidos no crime. Três foram detidos, entre eles o dono do
imóvel, um motorista e um responsável pela parte financeira do grupo.
Dois suspeitos ainda estão foragidos.(Foto: Divulgação / Polícia Civil)
Em relação à quadrilha que realizou o roubo da carga, a polícia continua as investigações para conseguir prender. O grupo apresentado nesta segunda também teria receptado uma carga roubada em Caruaru, de produtos eletrônicos, em setembro de 2011. A polícia não identificou a participação de funcionários de transportadoras nos assaltos.
“É importante alertar a população sobre atitudes suspeitas. Se virem movimento de carga e descarga durante a noite, no fim de semana, em feriados e em locais que não sejam um ponto de comércio, denuncie. Esse tipo de crime, como a receptação, não tem violência, mas é ela que alimenta o roubo”, alertou o delegado. Os quatro suspeitos presos foram encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Todos serão indiciados por receptação qualificada e fabricação de produtos sem registro.
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