DO BLOG DE JOSIAS DE SOUZA
Tomou posse no TCU a ex-deputada Ana Arraes (PSB-PE). No discurso inaugural, disse a que veio.
Ao lado do filho, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), Ana falou para uma plateia que incluía Dilma Rousseff.
Repisou a tese segundo a qual a fiscalização do TCU não pode resultar na paralisação de obras.
'O
controle deve servir para aperfeiçoar a gestão dos governos e não para
paralisá-la, quando não inviabilizando-a, pois é fugaz o tempo de quem
governa.'
Para
os ouvidos de Dilma, as palavras da ministra soaram como música. O
governo trava, desde a gestão Lula, uma batalha contra o TCU.
Sempre
que suas auditorias detectatam irregularidades graves em obras, o
tribunal recomenda ao Congresso o bloqueio dos pagamentos.
Sob
críticas de Lula e Dilma, à época gerente do PAC, o Legislativo levou
em conta as recomendações do tribunal, determinando a paralisação de
várias obras.
Entre elas a refinaria Abreu e Lima, empreendimento da Petrobras assentado no Estado governado pelo filho da nova ministra.
Lula
lidava com as paralisações de duas maneiras: criticava o TCU e exercia o
seu poder de veto, restabelecendo o fluxo financeiro das obras.
Assim, na base do vai ou racha, o ex-soberano tocou suas obras. Mesmo aquelas que o TCU considerava rachadas.
Com
a posse de Ana Arraes, o governo ganhou voz no plenário do TCU. “O
controle não pode estar dissociado do compromisso com as políticas
públicas', disse ela.
Acha que a tarefa primordial do tribunal é 'aproximar o tempo do controle do tempo da gestão', seja lá o que isso signifique.
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