Seria
cômico se não fosse trágico ouvir, ontem, o governador Eduardo Campos,
numa entrevista a Geraldo Freire, na Rádio Jornal, afirmar que
Pernambuco perdeu para o Ceará a oportunidade de receber a seleção
brasileira na Copa de 2014 porque o estádio daqui não comporta 60 mil
torcedores, como exige a Fifa.
Ora,
então o governador reconhece o erro grosseiro de investir R$ 2,5
bilhões na Arena de São Lourenço para comportar apenas 45 mil pessoas?
Mais do que isso, se o projeto e o objetivo de sediar a Copa eram
voltados para ter o escrete brasileiro aqui, fazendo a alegria e a
felicidade dos pernambucanos, por que não erguer uma arena com
capacidade para 60 mil almas vivas?
A
Arena é uma PPP (Parceria Público Privada), investimentos, portanto, da
União, Estado e iniciativa privada. Quem enganou ou foi enganado? O
Governo? Os empresários que investiram no projeto? Alguém foi enganado
nessa estória. Afinal, não existe lógica em construir um estádio para a
Copa sem a capacidade legal exigida pela Fifa.
Não
há quem entenda que um Estado, concorrendo ferozmente para sede da
Copa, não pense grande, que se traduz em recepcionar a seleção
brasileira? Se a arena de São Lourenço só cabe 45 mil, melhor seria ter
investido no Arruda, com capacidade para 60 mil torcedores.
Que
acabaria, na verdade, saindo mais em conta! E com um bom arranjo pelo
menos atenderia a dura exigência dos 60 mil expectadores, como alega o
governador.
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