Do blog de Josias de Souza
Dando sequência ao embate que o PSDB trava consigo mesmo, o presidente da legenda, Sérgio Guerra (PE), levou à web uma nota. No texto, Guerra rebate as críticas
feitas pelo senador tucano Aloysio Nunes (SP) no twitter. Aloysio
apontou a falta de rumo da legenda. Disse, por exemplo, que o partido
não reúne sua Executiva. E Guerra:
“O
PSDB já realizou duas reuniões da Executiva Nacional, depois das
últimas eleições […] e deve realizar outra ainda em novembro…”
“…Já
foram feitas também duas reuniões de governadores e duas do Conselho
Político do partido, uma delas na semana passada, em São Paulo.”
A
menção ao Conselho Político não é casual. O órgão é presidido por José
Serra, aliado do critic Aloysio.O senador pró-Serra acusou o comando
tucano de não definir a posição partidária em relação a temas que
eletrificam a conjuntura.
Citou
os royaltieis, o Código Florestal, a Copa do Mundo e a reforma
política. Para Sérgio Guerra, não há falhas. O mandachuva tucano acha
que os deputados e senadores do partido enfrentam “as contradicões no
governo Dilma de forma adequada”.
“Como
foi o caso do Código Florestal, em que a Executiva Nacional participou
direta e ativamente das negociações e do posicionamento de deputados e
senadores”, disse.
Quanto
à reforma política, afirmou Guerra, “diversos parlamentares”
representam o PSDB “nas articulações e nos debates sobre o tema”. Citou
três: os senadores “Aécio Neves, Lúcia Vânia e o próprio Aloysio Nunes”.
Sobre
a Copa, disse o partido divulgou “notas” criticando os desacertos do
governo. Declarou: “Eu mesmo cobrei publicamente do governo Dilma o fim
do loteamento político de cargos, como o Ministério do Esporte, que
estaria prejudicando o andamento da Copa.”
Aloysio apontou atraso e ineficiência nas providências relacionadas à prometida reformulação interna do PSDB. O
aliado de Serra foi à jugular: “Sem trabalhar direito hoje, sem
formular propostas, sem organizar o partido, sem uma oposição firme
agora, 2014 já era.”
Guerra,
hoje um partidário de Aécio Neves, preferiu tratar de 2012. No momento,
disse ele, o PSDB cuida das candidaturas para as eleições municipais.
Prioriza as 80 maiores cidades, onde haverá segundo turno. Organiza, de
resto, uma “ofensiva nas 400 maiores cidades”.
Negou,
de resto, a paralisia no processo de reorganização interna. Recordou
que o PSDB fez “pesquisa quantitativa e qualitativa sobre a imagem e os
rumos do partido’’. Guiando-se pelos dados, reformula o setor de comunicação e investee em mídias sociais, no rádio e na televisão.
Refere-se
à reformulação do tucanato como “um processo”. Coisa que “já está em
curso, com mudanças na área institucional em diversos setores”.
Em
condições normais, a roupa suja do tucanato seria lavada numa reunião
fechada ou num telefonema de Aloysio para Guerra. Ao levar as
divergências à internet, os grão-tucanos demonstram que é inverídica a
impressão de que divergem. Na verdade, eles já nem se falam.
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