Dermatologia, otorrino e radiologia são as mais escolhidas por residentes.
A carência é em áreas como pediatria, obstetrícia e medicina da família.
A falta de médicos é um dos grandes problemas enfrentados pelas autoridades em Pernambuco. Segundo o estudo da Secretaria, na década de 70, o estado tinha 3 milhões de habitantes e recebia uma média de 500 médicos por ano. Agora, são 9 milhões de habitantes e apenas 350 novos médicos por ano - uma média de 1,6 médico para cada mil habitantes. Esse número fica ainda pior se observadas as realidades do interior e da capital. Enquanto na capital há dois médicos para cada mil habitantes, no interior há apenas um.
Para mudar este quadro, o governo do estado quer promover algumas mudanças e rápido. “Pretendemos aumentar o número de cursos no interior, em cidades como Garanhuns, Caruaru e Serra Talhada. Outra meta é a interiorização dos programas de residência e uma política de valorização de áreas importantes, como obstetrícia, pediatria e saúde da família”, detalha Cinthia Alves, secretária-executiva da Secretaria de Saúde de Pernambuco. “Não temos carreira única nem garantia de vínculo ou direitos trabalhistas”, pondera Helena Carneiro Leão, presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremepe). Para ela, é preciso valorizar o profissional de saúde.
Melhorar a cobertura de médicos é uma missão difícil no Brasil inteiro. “A meta do governo federal é de 2,7 médicos para cada mil habitantes. Temos hoje uma média de 1,7. Se a população crescesse de forma estável, levaríamos até o ano de 2050 para atingir essa meta”, explica Fernando Menezes, secretário adjunto de Educação em Saúde do Ministério da Saúde. "Há um esforço muito grande do governo para amplias as vagas nas instituições de ensino federais. Até o ano que vem, serão criadas 1.380 vagas, incluindo as novas escolas e as ampliações nos cursos já existentes", planeja.
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