O Supremo Tribunal Federal
decidiu por 6 votos a 5 que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem
autonomia para investigar e punir juízes e servidores do Judiciário. Com
o resultado, perde efeito decisão liminar (de caráter provisório) do
ministro Marco Aurélio Mello que reduzia a autonomia do CNJ. A decisão
dá respaldo à ação da corregedora Eliana Calmon, que á frente do CNJ
vinha mantendo uma queda de braços com os ministros do Supremo -- mais
especificamente o ministro Cesar Peluso -- apoiados pelos juízes, que
incomodados com a atuação enérgida de Eliana que defendia a apuração e
punição de fatos delituosos praticados por membros da magistratura.
Plenário do Supremo durante análise de limites ao poder do CNJ (Foto: Nelson Jr. / SCO / STF)
Ação
proposta em agosto do ano passado pela Associação dos Magistrados do
Brasil (AMB) contestava a competência do órgão para iniciar
investigações e aplicar penas administrativas antes das corregedorias
dos tribunais.No processo, a entidade questionava a legalidade da resolução 135 do CNJ, que regulamenta processos contra magistrados e prevê que o conselho pode atuar independentemente da atuação das corregedorias dos tribunais.
Os
ministros Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Cezar
Peluso e Celso de Mello foram a favor da limitação dos poderes do CNJ,
com base na invalidação desse artigo. Gilmar Mendes, Ayres Britto,
Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Rosa Maria Weber e José Antonio Dias
Toffoli por sua vez, votaram contra.(Portal G1)
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