Após depor por quase quatro horas, o julgamento começará com o debate entre as partes: uma hora e meia para a acusação e uma hora e meia para a defesa, além da réplica e da tréplica (sendo uma hora cada). Somente depois disso, os jurados vão dar seu parecer e, na sequência, a juíza lerá o veredicto.
Foto 52 de 96 - 13.fev.2012
- Lindemberg Alves aguarda início de seu julgamento no Fórum de Santo
André, na Grande São Paulo, na manhã desta segunda-feira (13). Ele
responde pela morte da jovem Eloá Pimentel. Em outubro de 2008,
Lindemberg manteve Eloá, sua ex-namorada, como refém por cerca de cem
horas
Terceiro dia
O terceiro dia do julgamento de Lindemberg foi quase totalmente dedicado ao depoimento do réu, que falou pela primeira vez sobre o caso. Ele ficou quase quatro horas respondendo a perguntas da juíza e da acusação. Já os questionamentos da defesa duraram cerca de dez minutos.Lindemberg confessou que atirou em Eloá, mas negou que tenha planejado a morte da vítima. Também negou que tenha disparado contra um policial que participava das negociações e que tenha feito os amigos de Eloá reféns --eles teriam ficado por opção, segundo Lindemberg. No começou de seu depoimento, o réu pediu perdão à mãe de Eloá.
O réu é acusado de cometer 12 crimes, entre eles homicídio duplamente qualificado por motivo torpe (contra Eloá), tentativa de homicídio (contra Nayara Rodrigues, amiga de Eloá, e contra o sargento Atos Valeriano, que participou das negociações), cárcere privado e disparos de arma de fogo. Ele assumiu que atirou em Eloá, mas apenas após a ação policial. "Quando a polícia invadiu, a Eloá fez menção de levantar e eu, sem pensar, atirei [contra ela]. Foi tudo muito rápido. Pensei que ela fosse pegar minha arma", afirmou. A fala contraria a versão dos policiais, que alegam ter invadido o local apenas quando ouviram um disparo.
Sobre o tiro que acertou Nayara, Lindemberg disse não se lembrar. "Não posso dizer se atirei ou não na Nayara. Eu não me lembro."
Lindemberg também negou que já estivesse planejando atirar em Eloá, como relataram diversas testemunhas nos dois primeiros dias do julgamento. "Muita coisa que eu disse foi blefe para manter a polícia longe do local", disse. "Eu estava muito nervoso e tomei atitudes impensadas. Atirei para o chão para manter a polícia longe do apartamento."
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