Medida que libera auxílio emergencial ainda precisa ser sancionada pelo presidente.
Onyx Lorenzoni afirmou que os primeiros a receberem o dinheiro serão os beneficiários do Bolsa Família
Além dos trabalhadores informais, terão direito ao auxílio aqueles que tenham contrato intermitente inativo, autônomos e microempreendedores individuais (MEI) / EUROPA PRESS
O presidente Jair Bolsonaro prometeu sancionar a o auxílio emergencial mensal de 600 reais para trabalhadores informais de baixa renda, que será concedido durante a crise gerada pela pandemia de coronavírus. A medida — aprovada na segunda-feira pelo Senado―, vai durar, a princípio, três meses, porém poderá ser prorrogada. De acordo com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, o benefício deve começar a ser pago a partir da segunda semana de abril. Economistas de vários matizes cobram a celeridade no processo, uma vez que a crise já afeta o rendimento de milhões de brasileiros vulneráveis. Até o fim da noite desta terça, no entanto, a medida ainda não havia sido sancionada pelo Planalto.
MAIS INFORMAÇÕES
Incheon (Korea, Republic Of), 27/03/2020.- Medical workers wearing protective gear take samples from a foreign visitor at an 'Open Walking-Thru' centre for coronavirus COVID-19 tests at the airport in Incheon, South Korea, 27 March 2020. South Korea has reported over 9,000 ca?ses of coronavirus, the infection that causes the COVID-19 disease. (Abierto, Corea del Sur) EFE/EPA/KIM CHUL-SOO
As lições contra o coronavírus que Coreia do Sul e China podem dar ao mundo, incluindo o Brasil
El barrio Dumbo, ubicado en Brooklyn, con vistas al puente de Manhattan, vacío. Este barrio tiene una gran vida gastronñomica y uno de los mejores mercados de todo Nueva York. Por lo que tanto vecinos como turistas se suelen encontrar en sus calles. El 17 de marzo comenzó el toque de queda para los bares neoyorquinos, que deben cerrar a partir de las ocho de la noche. No todos lo han respetado.
O desafio de congelar a economia
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante teleconferência com prefeitos.
Congresso aprova renda básica por crise do coronavírus enquanto Planalto luta por protagonismo
Quem terá direito ao auxílio?
Além dos trabalhadores informais, terão direito também ao pagamento aqueles que tenham contrato intermitente inativo, autônomos e microempreendedores individuais (MEI). Para ter direito ao auxílio é necessário ser maior de idade, ter renda familiar mensal inferior a meio salário mínimo per capita ou três salários mínimos no total. Para receber o auxílio, o trabalhador não pode ter aposentadoria, seguro-desemprego ou ser beneficiário de outra ajuda do Governo. Também não pode fazer parte de programa de transferência de renda, com exceção do Bolsa Família. Está excluído ainda o trabalhador que tenha recebido rendimentos tributáveis acima de 28.559,70 reais em 2018.
A ajuda inclui também idosos e pessoas com deficiência na fila do INSS para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Quantas pessoas da mesma família podem pedir a ajuda?
Para cada família beneficiada, a concessão do auxílio ficará limitada a dois membros, ou seja, cada grupo familiar poderá receber até 1.200 reais. Mães solteiras receberão, automaticamente, duas cotas do benefício.
Quando e como será feito o pagamento?
O pagamento ainda depende de regulamentação Executivo, mas nesta terça-feira, em entrevista ao Jornal Hoje da TV Globo, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que o dinheiro do auxílio deve começar a ser transferido no dia 16 de abril para quem está no cadastro único (banco de dados onde Governo federal tem registrados os nomes das pessoas de baixa renda habilitadas a receberem benefícios sociais). Segundo o ministro, os primeiros a receberem serão os beneficiários do Bolsa Família que estão aptos ao auxílio dos 600 reais, porque o cadastro e a logística de pagamento para eles já está consolidada. Os beneficiários receberão apenas a ajuda de maior calor. O programa tem hoje mais de 14 milhões de famílias.
A ordem de pagamentos, de acordo com o ministro, deve ser:
1º: trabalhadores informais que recebem o Bolsa Família
2º: informais que estão no cadastro único
3º: microempreendedores individuais e contribuintes individuais
4º: informais que não estão em cadastro nenhum
Os pagamentos serão feitos pelos bancos públicos federais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) em três parcelas mensais, no mínimo. Os beneficiários receberão o valor em contas criadas especialmente para esse fim, que não exigirão a apresentação de documentos e não terão taxas de manutenção. Será possível fazer uma movimentação gratuita por mês para qualquer outra conta bancária. Ainda não foi detalhado como será feito o pagamento para as pessoas que não possuem contas em bancos.
O que deve fazer quem ainda não está inscrito no cadastro único?
A verificação de renda para receber o auxílio será feita pelo Cadastro Único, do Ministério da Cidadania, mas os trabalhadores informais que não estavam inscritos no cadastro antes do dia 20 de março poderão participar por autodeclaração. Ainda está sendo estudada pela equipe econômica como essa autodeclaração seria feita, mas se discute a possibilidade de ser realizada via aplicativo de celular ou presencialmente na rede de lotérica, o que gera preocupação uma vez que a recomendação das autoridades sanitárias é de isolamento.
O ministro pediu que as pessoas não corram para agências bancárias, lotéricas ou Centro de Referência Social (CRAS) neste momento, uma vez que o Governo ainda não definiu como será o cadastro. Ele afirmou ainda que os trabalhadores informais que estão à margem de qualquer cruzamento de dados do governo contarão com uma “solução tecnológica” para o recebimento dos 600 reais de auxílio a autônomos. Esse é o maior gargalo na operacionalização do pagamento do auxílio.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado estima que o auxílio emergencial vai beneficiar diretamente 30,5 milhões de cidadãos — cerca de 14% da população do país, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a estimativa de seu custo é de 59,9 bilhões reais em 2020 — o equivalente a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano passado.
Com Agência Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário