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Na porta do Palácio do Alvorada, o presidente disse que ainda 'não engoliu a decisão de Moraes' e espera rapidez do ministro Alexandre de Moraes para julgar o caso. "Eu espero, no mínimo, rapidez. Não justifica a questão da impessoalidade. Como ele [Alexandre de Moraes] foi parar no Supremo? Com a amizade de Michel Temer. Quando chegou a lista tríplice eu não conhecia nenhum deles."
"Conheci o senhor Ramagem e é uma pessoa competente segundo a própria Polícia Federal. E daí a relação de amizade? A minha segurança pessoal só não dormia comigo. Por que não posso prestigiar uma pessoa? (...) Tirar em uma canetada, desautorizar o presidente da República, ontem quase tivemos uma crise institucional", explica.
Bolsonaro disse ainda que a decisão não repercutiu bem entre os políciais federais e continuou a crítica. "Agora te pergunto, Alexandre de Moraes, o senhor vai tirar o Ramagem da Abin, que é tão importante quanto? Senhor Alexandre de Moraes aguardo uma canetada do senhor para tirar ele da Abin, para ser coerente".
"Eu acredito e sempre acreditei na questão de interferência, para deixar bem claro, senhor Sergio Moro. O ônus da prova cabe a quem acusa, nenhum superintendente foi trocado, eu sugeri duas posições e ele não concordou. Ele passou a ser dono de tudo e não aceitava qualquer sugestão. O ego falou mais alto a vida toda dele. Ninguém nega o trabalho de Moro na Lava Jato, mas, como ministro, ele deixou a desejar.", disse o presidente ao ser questionado sobre o atrito entre ele e o ex-ministro Moro, que deixou a pasta na semana passada.
Moraes é o relator do pedido de liminar protocolado pelo PDT. O partido questionou a nomeação feita pelo presidente Jair Bolsonaro na esteira de uma série de acusações do ex-juiz Sergio Moro de tentativas de interferência política na Polícia Federal.
Críticas a prefeitos e governadores
O presidente também voltou a criticar os governadores e prefeitos sobre as medidas de combate ao novo coronavírus. "Ficou decidido pelo Supremo que eles tomariam as decisões para abaixar a curva e eles não abaixaram. A curva está aí."
"Partindo do princípio que o número de óbitos é verdadeiro, porque o Diário da União da cidade de SP tem colacado, na dúvida, a causa de qualquer morte como coronavírus para inflar o número e fazer uso político disso. É o governador 'gravatinha' de SP fazendo politicagem em cima de mortes.", disse.
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