Cientista trabalha em laboratório no Departamento de Ciências Forenses em Washington
Foto: Manuel Balce Ceneta - 19.mar.2019/Reuter
Os Estados Unidos acusam a China de tentar roubar pesquisas sobre o novo coronavírus, enquanto altos funcionários do governo Donald Trump afirmam que identificaram uma onda crescente de ciberataques a agências governamentais e instituições médicas norte-americanas.
Segundo os funcionários, diversos hospitais, laboratórios de pesquisa, prestadores de serviços de saúde e companhias farmacêuticas foram atingidos. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos - que supervisiona a ação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA - tem sido alvo de uma onda de ataques diários, informou uma fonte do governo com conhecimento sobre o assunto.
“É seguro dizer que há apenas dois lugares no mundo que poderiam atingir [o Departamento de Saúde e Serviços Humanos] do jeito que aconteceu”, afirmou um funcionário à CNN.
Tamanho e extensão das ações
Os primeiros nomes apontados como culpados pelos ciberataques foram a Rússia e a China, segundo a fonte, por causa do tamanho e da extensão das ações.
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Após certa hesitação dos EUA em atribuir responsabilidade aos ciberataques a países específicos - seja por motivos políticos ou falta de certeza sobre as informações -, membros do setor de Segurança Nacional decidiram apontar apenas Pequim como autor dos ataques.
O Departamento de Justiça disse que está preocupado com os ataques realizados por hackers chineses, que tiveram como alvo hospitais e laboratórios dos EUA, para roubar pesquisas relacionadas à COVID-19.
“Não há nada mais valioso hoje do que estudos médicos sobre vacinas e tratamentos para o novo coronavírus”, disse John Demers, líder da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça. “É de grande importância, não apenas pelo valor comercial, e qualquer país, empresa ou laboratório de pesquisa que desenvolva a vacina primeiro e possa produzi-la, terá uma história de sucesso geopolítico significativo."
Os EUA registram mais de 890,5 mil casos de COVID-19, incluindo ao menos 51 mil mortes, de acordo com dados da Universidade de Medicina Johns Hopkins.
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