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terça-feira, 20 de março de 2012

Hospital veta transferência de paciente com suspeita de mal da vaca louca em Pernambuco

O Ministério Público de Pernambuco fez uma solicitação ao Hospital Tricentenário de Olinda, na região metropolitana do Recife, para que uma paciente de 54 anos com suspeita da doença de Creutz-feldt-Jakob, também conhecida como “mal da vaca louca”, não deixe a unidade de saúde até a confirmação da enfermidade, o que só pode ocorrer após a morte da mulher.
A solicitação, que deu um prazo de 48 horas para aceitação ou não do hospital, já foi acatada pela unidade de saúde, que informou nesta terça-feira (20) que não vai transferir a paciente, como havia solicitado a família, atendendo à recomendação do MP.
Segundo recomendação, expedida nesta segunda-feira (19), para ter o diagnóstico confirmado, a paciente precisa passar por uma bateria de exames, sendo a necropsia um deles. Para a análise genética em sangue periférico e o exame de necropsia, é necessária a autorização da família, mas os responsáveis teriam se recusado a assinar os documentos.
Ainda segundo o MP, a família teria pedido a transferência da paciente, natural do município do Cabo de Santo Agostinho --que fica no outro extremo da região metropolitana da capital pernambucana-- para casa, o que colocaria em risco a saúde pública. Para a promotora  de Defesa da Cidadania de Olinda, Helena Capela Gomes, a saída do hospital resultaria em “grave risco sanitário da doença e da situação da paciente”, caso ela fosse levada para casa. O MP cita resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que diz que o agente responsável pela patologia (príon) é altamente estável e resistente à maioria dos desinfetantes.
Dano neurológico
A coordenadora do setor de paciente com cuidados paliativos do Hospital Tricentenário de Olinda, Izabel Ferraz, informou ao UOL que a paciente está internada há 15 dias, respira espontaneamente, mas tem um dano neurológico significativo. "Ela não fala, não anda e está com uma sonda para se alimentar e respirar melhor. Desde que ela chegou o quadro está inalterado”, disse.
Ferraz contou que a paciente deu entrada na principal emergência do Recife, o Hospital da Restauração, que levantou a suspeita do diagnóstico e a encaminhou para a unidade especializada em cuidados paliativos, em Olinda. Segundo ela, o quadro neurológico apresentado pela paciente pode apresentar melhora ou permanecer por meses ou até anos inalterado.
“Não há qualquer previsão de quando esse quadro que ela se encontra mudará. Vai durar até quando Deus quiser. Têm pacientes semelhantes que se recuperam, outros morrem. A gente está dando suporte, tudo o que é necessário. A doença, caso confirmada, enquanto em vida não contamina ninguém. Mas mesmo assim a paciente está em uma enfermaria isolada, mas para ser mais confortável à família, já que tem gente que vem do interior e pode ficar todo mundo com ela”, afirmou, citando que a paciente teria condições de ser levada para casa, desde que a família se responsabilizasse por alguns cuidados que, hoje, são feitos no hospital.
Só após a morte
Ferraz disse que o hospital nunca havia recebido um paciente com suspeita do “mal da vaca louca”, mas informou que a confirmação se a mulher está ou não contaminada só virá após a morte.
“Essa confirmação virá apenas após a morte porque a proteína fica alojada no cérebro, não tem como examinar em vida. Até lá, a paciente não irá contaminar ninguém. Mas após a morte, se enterrada de forma comum, a proteína pode se espalhar pelo solo, e as pessoas no entorno podem ser contaminadas. Por isso que nós fizemos a notificação –que é compulsória-- à Vigilância Sanitária”, explicou.
A reportagem do UOL tentou entrar em contato com a família da paciente, mas acompanhantes da mulher informaram, por meio da assessoria do hospital, que não gostariam de comentar o assunto. Os familiares não informaram se vão recorrer à Justiça para tentar transferir a paciente para outro hospital ou mesmo levá-la para casa, como alega o MP.
Fonte:Uol

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Publicado por Canção Nova Play em Segunda, 22 de janeiro de 2018

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Histórico Segundo a tradição local, por volta de 1890, no caminho entre Bom Jardim e a mata existente no local, havia uma casinha de palha, onde vivia uma senhora portadora de deficiência que costumava dar pouso aos viajantes. Posteriormente mudou-se para o local o Sr. José Barbosa de Farias. Outras famílias estabeleceram-se no local. Em 1894, foi construída uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, atual padroeira, pelo professor José Merim. A partir deste núcleo de pequenas casas, que deu origem ao nome Casinhas, surgiu o município. O distrito de Casinhas foi criado pelas leis municipais nºs 46, de 16 de Dezembro de 1925, e nº 2, de 16 de Novembro de 1929, sendo subordinado ao município de Surubim. Foi elevado à condição de município pela lei estadual nº 11228, de 12 de Julho de 1995, com base na lei estadual complementar n° 15, de 1990, que permitiu aos municípios a solicitação da emancipação, desde que atendessem a alguns requisitos, como ter população superior a 10 mil habitantes e que o total de eleitores seja maior que 30% desta população. O município foi instalado em 1 de Janeiro de 1997.

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