Outras 21 cidades emitiram documento anterior ao decreto, diz Defesa Civil.
Regiões central e norte, onde não chove há mais de um mês, é mais crítica.
Não para de crescer o número de municípios afetados pela estiagem no Rio Grande do Sul. Até as 22h desta terça-feira (3), 38 prefeituras já haviam assinado o decreto, segundo a Defesa Civil do estado. Outras 21 cidades estão na lista das que já emitiram a Notificação Preliminar de Desastre (Nopred), documento que antecede a decretação.
A situação é mais crítica nas regiões central e norte do estado, onde não chove há mais de um mês. Em Pinhal, no norte, o agricultor Olides Sgnori precisou investir mais de R$ 20 mil na abertura de um poço artesiano. O açude que abastecia a propriedade secou, deixando as criações de vacas leiteiras e suínos sem água. “Foi uma emergência. Uma empresa de Marau trabalhou dois dias para conseguir abrir o poço”, conta o agricultor.
Açude em proprieda rual de Pinhal secou com a falta de chuva (Foto: Eder Calegari/RBS TV)
Em Nova Palma, também na região central do estado, praticamente toda a plantação de milho foi perdida. O prejuízo se estende também às lavouras de fumo, feijão e soja. Açudes do município já secaram e, de acordo com a Defesa Civil, pelo menos 80 famílias recebem a ajuda de caminhões pipa. “A água é só para fazer comida e cuidar das crianças”, diz uma moradora.
A falta de chuvas levou a prefeitura de Erechim, no noroeste gaúcho, a convocar uma reunião com representantes da Defesa Civil e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) para discutir o problema. Segundo o gerente adjunto da Emater, Paulo Cezar Trierveiler, outros encontros locais nos municípios da região vão definir possíveis decretos de emergência e pedidos de Proagro, o seguro agrícola do governo federal.
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