Resultado veio dentro do esperado pelo mercado para o ano e cumpriu com folga a meta central do governo, que era de 4,5%. IPCA de dezembro foi de 0,15%, menor taxa para o mês desde 1994.
Inflação acumulada
em %
em % ao ano
IPCA
Meta central de inflação
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
0
2,5
5
7,5
10
12,5
15
1999
● IPCA: 8,94
Fonte: IBGE e Banco Central / Obs.: As metas de 2003 e 2004 foram alteradas durante o ano
O resultado, divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), veio dentro do esperado pelo mercado e cumpriu com folga a meta de inflação perseguida pelo Banco Central e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que era entre 3% e 6%.
A previsão dos analistas era de uma inflação de 3,69%, segundo última pesquisa Focus do Banco Central.
Plano de saúde, energia e gasolina foram os vilões do ano
Segundo o IBGE, a inflação de 2018 foi pressionada principalmente pelos preços dos produtos e serviços de habitação, transportes e alimentos. Juntos, estes três grupos foram responsáveis por 66% do IPCA do ano.
Individualmente, o preço do plano de saúde foi o ítem de maior impacto na inflação do ano, segundo o IBGE. Com alta acumulada de 11,17%, os planos de saúde responderam por 0,44 p.p. do índice geral de 2018.
Na sequência, os outros dois itens com maior impacto individual no indicador foram a energia elétrica, com alta de 8,7% e impacto de 0,31 p.p. no índice, e a gasolina, que aumentou 7,24% nos 12 meses impactando em 0,31 p.p. o IPCA acumulado do ano.
Veja abaixo a inflação acumulada em 2018 por grupos pesquisados e o impacto percentual de cada item:
Alimentação e Bebidas: 4,04% (0,99 p.p.)
Habitação: 4,72% (0,74 p.p.)
Artigos de Residência: 3,74% (0,15 p.p.)
Vestuário: 0,61% (0,04)
Transportes: 4,19% (0,76 p.p.)
Saúde e Cuidados Pessoais: 3,95% (0,48 p.p.)
Despesas Pessoais: 2,98% (0,33 p.p.)
Educação: 5,32% (0,26 p.p.)
Comunicação: -0,09% (0 p.p.)
Inflação em dezembro
O IPCA de dezembro foi de 0,15%, a menor variação para um mês de dezembro desde o início do Plano Real, em 1994.
Inflação oficial mês a mês
Variação mensal dos preços, em %
0,290,29
0,320,32
0,090,09
0,220,22
0,40,4
1,261,26
0,330,33
-0,09-0,09
0,480,48
0,450,45
-0,21-0,21
0,150,15
Jan/18
Fev/18
Mar/18
Abri/18
Mai/18
Jun/18
jul/18
ago/18
set/18
out/18
nov/18
dez//8
-0,5
-0,25
0
0,25
0,5
0,75
1
1,25
1,5
Fev/18
0,32
Fonte: IBGE
Perspectivas para 2019
Para 2019, os economistas das instituições financeiras projetam um IPCA em 4,01%, segundo a pesquisa Focus. A meta central deste ano é um pouco menor, de 4,25%. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o BC eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 6,5% ao ano.
LImites da inflação — Foto: Arte G1 LImites da inflação — Foto: Arte G1
LImites da inflação — Foto: Arte G1
A inflação acumulada em 2018 foi pressionada principalmente pelos preços de combustíveis, energia elétrica, plano de saúde. Em outubro, o índice acumulado em 12 meses chegou a 4,56%, mas desacelerou nos dois últimos meses do ano, favorecido pela queda do preço da gasolina e recuo do dólar. Em novembro, o país registrou deflação de 0,21%, a menor taxa para o mês desde 1994.
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INPC fica em 3,43% em 2018
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para os reajustes salariais e dos benefícios previdenciários, ficou em 3,43% em 2018. Em 2017, ficou em 2,07%.
Em dezembro, o índice apresentou variação de 0,14%.
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