Amanda Almeida – O Globo
Um dos poucos caciques a sobreviver à onda renovadora das urnas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) já se adaptou aos tempos atuais. Articulando para tentar presidir o Senado pela 5º vez, ele diz que um “novo Renan” tomará posse em fevereiro. Essa nova versão, simpática a Bolsonaro, defende a aprovação da reforma da Previdência e até benefícios para os militares.
Bate no fisiologismo na mesma velocidade que se dispõe a ir ao Planalto falar com o presidente: “Não estou dando entrevista porque as pessoas querem perguntar ao velho Renan o que o novo senador Renan vai fazer. E o velho está se sentindo sem legitimidade para responder”.
O senhor é candidato à Presidência do Senado? Não posso falar como candidato, porque o MDB só vai se decidir no dia 31.
Está aguardando a bancada? Claro. Tem de aguardar, porque, no MDB, vários companheiros podem ser candidatos. É uma bancada de iguais. E tem de aguardar os novatos, que só chegarão para posse no dia 1º, inclusive eu. Não estou dando entrevista porque as pessoas querem perguntar ao velho Renan o que o novo senador Renan, que será empossado no dia 1º, vai fazer. E o velho está se sentindo sem legitimidade para responder.
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