Para fornecedores de cana, impacto na economia pode ser de R$ 500 milhões.
Segundo o IPA, previsões para chuva em todo o estado não são favoráveis.
O preço do açúcar e do álcool poderá subir por causa da seca que atinge
Pernambuco este ano, de acordo com informações da Associação dos
Fornecedores de Cana (AFCP). A estiagem vem causando problemas não só no
Sertão, região mais atingida, mas também no litoral, Zona da Mata e
Agreste. Por isso, nesta segunda-feira (7), integrantes da AFCP vão se
reunir com especialistas do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA)
para se informar mais sobre as condições e previsões para os próximos
três meses. O encontro será realizado às 14h, na sede da AFCP, no bairro
do Imbiribeira, no Recife.
Segundo a AFCP, a previsão inicial é de que a safra seja até 20% menor do que a do ano passado, o que pode aumentar os preços. “Acredito que isso pode refletir no preço para o consumidor, apesar de que esse déficit deve ser substituído pelos estados vizinhos e até pelo Sudeste. Mas o impacto na economia local é bastante grande. Para ter ideia, se a redução for de apenas dos 20% previsto, nós teremos impacto na ordem de meio bilhão de reais na economia do estado”, falou Paulo Guedes, vice-presidente da AFCP.
A reunião desta segunda com o IPA vai servir para esclarecer as previsões climáticas e o que os produtores podem esperar para safra. “Essa reunião é para dar essas informações do que vai acontecer nos 90 dias, para tomar algumas providências e conversar com o governo do estado e federal. Nós não aguentamos mais, saímos de uma seca parecida com essa há dois anos. Mais uma, pode ser a expulsão de grandes produtores”, informou Guedes.
A meteorologista do IPA, Francis Lacerda, adiantou que as previsões não são nem um pouco favoráveis. “Na realidade, previsão no próximo trimestre, principalmente no Agreste, litoral e Zona da Mata, que é onde ainda chove, é de que as chuvas sejam abaixo do padrão normal. O percentual de redução ainda há de ser definido. No Sertão, a probabilidade de chover é muito pequena. Pode ter uma garoa, mas nada significativo, que reduza o déficit. A previsão não é animadora”, comenta. Um dos motivos atribuídos aos baixos índices de precipitação é o resfriamento do Oceano Atlântico, o que impede a evaporação e formação de nuvens.
A chuva que atingiu a Região Metropolitana do Recife no final de semana não é sinal de melhora da situação do estado. “Essas chuvas são poucas. Está parecido com comportamento de final de inverno, no mês de agosto e setembro. É uma chuva fina, que chamamos de 'estratiformes' que não serve para acumular água no solo ou reservatórios”, explica Lacerda. Na última sexta-feira (4), o governador Eduardo Campos decretou situação de emergência nos 56 municípios do Sertão pernambucano.
Dentre as medidas tomada pelo governo para combater a seca, estão a liberação de crédito, o investimento para construção de poços e cisternas e a contratação de carros-pipas. Segundo Paulo Guedes, vice-presidente da AFCP, as atitudes não devem alterar o quadro preocupante do setor no estado. “Para nosso setor, essa solução não tem sentido prático. Estamos a 90 dias da safra, e a única coisa que podia ajudar é a chuva. Não há mais tempo hábil para fazer isso. Para essa safra, somente chuva”, concluiu.
Segundo a AFCP, a previsão inicial é de que a safra seja até 20% menor do que a do ano passado, o que pode aumentar os preços. “Acredito que isso pode refletir no preço para o consumidor, apesar de que esse déficit deve ser substituído pelos estados vizinhos e até pelo Sudeste. Mas o impacto na economia local é bastante grande. Para ter ideia, se a redução for de apenas dos 20% previsto, nós teremos impacto na ordem de meio bilhão de reais na economia do estado”, falou Paulo Guedes, vice-presidente da AFCP.
A reunião desta segunda com o IPA vai servir para esclarecer as previsões climáticas e o que os produtores podem esperar para safra. “Essa reunião é para dar essas informações do que vai acontecer nos 90 dias, para tomar algumas providências e conversar com o governo do estado e federal. Nós não aguentamos mais, saímos de uma seca parecida com essa há dois anos. Mais uma, pode ser a expulsão de grandes produtores”, informou Guedes.
A meteorologista do IPA, Francis Lacerda, adiantou que as previsões não são nem um pouco favoráveis. “Na realidade, previsão no próximo trimestre, principalmente no Agreste, litoral e Zona da Mata, que é onde ainda chove, é de que as chuvas sejam abaixo do padrão normal. O percentual de redução ainda há de ser definido. No Sertão, a probabilidade de chover é muito pequena. Pode ter uma garoa, mas nada significativo, que reduza o déficit. A previsão não é animadora”, comenta. Um dos motivos atribuídos aos baixos índices de precipitação é o resfriamento do Oceano Atlântico, o que impede a evaporação e formação de nuvens.
A chuva que atingiu a Região Metropolitana do Recife no final de semana não é sinal de melhora da situação do estado. “Essas chuvas são poucas. Está parecido com comportamento de final de inverno, no mês de agosto e setembro. É uma chuva fina, que chamamos de 'estratiformes' que não serve para acumular água no solo ou reservatórios”, explica Lacerda. Na última sexta-feira (4), o governador Eduardo Campos decretou situação de emergência nos 56 municípios do Sertão pernambucano.
Dentre as medidas tomada pelo governo para combater a seca, estão a liberação de crédito, o investimento para construção de poços e cisternas e a contratação de carros-pipas. Segundo Paulo Guedes, vice-presidente da AFCP, as atitudes não devem alterar o quadro preocupante do setor no estado. “Para nosso setor, essa solução não tem sentido prático. Estamos a 90 dias da safra, e a única coisa que podia ajudar é a chuva. Não há mais tempo hábil para fazer isso. Para essa safra, somente chuva”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário