Mais de um milhão de pessoas são esperadas em seis mil pontos no estado.
Entre os que devem se vacinar, estão crianças até 2 anos, gestantes e idosos.
Mais de um milhão de pessoas, em Pernambuco, são esperadas em seis mil pontos para a campanha de vacinação, que começa nesta sexta-feira (4) no município de Paulista e a partir do sábado em todo o estado, contra as gripes comuns e a H1N1. Devem se vacinar mulheres grávidas, crianças entre seis meses e menores de dois anos, idosos a partir de 60 anos, índios e trabalhadores de saúde que atuam em serviços de referência para pacientes com influenza até o dia 25 de maio. A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização no estado, Ana Catarina Melo, explicou detalhes sobre a campanha em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta sexta.
Este ano, a campanha conta novamente com imunização para as gripes comuns e H1N1. “Na verdade, está permanecendo a mesma composição do ano passado, ainda existe a circulação do vírus H1N1 no país, então a vacina todos os anos é composta pelos vírus que mais circulam no país. Como ele ainda está circulando, essa vacina deste ano é composta por dois vírus da gripe comum e do H1N1 que ainda estão circulando”, informa a coordenadora.
Muita gente tem medo da carga viral da vacina, mas a especialista fala que não há o que temer. “Nós já vacinamos milhões de pessoas e a resposta tem sido muito boa e o nível de reação adversa é muito baixo, é menor que 1%. Então é uma vacina segura, a população pode fazer sem medo, as gestantes podem se vacinar sem nenhum problema. Ela tem sido feita no mundo todo e tem sido bastante segura, então não precisa ter medo”, afirma.
Ana Catarina Melo explica a quantidade de doses no caso das crianças entre seis meses e dois anos. “As crianças que tomaram a vacina no ano passado, esse ano elas só deverão fazer uma única dose. No entanto, as crianças que estão fazendo essa vacina pela primeira vez, elas deverão fazer a primeira dose e retornar ao serviço de saúde 30 dias após para fazer a segunda dose e aí garantir a proteção”, comenta.
A vacina é oferecida gratuitamente nos postos de saúde, mas apenas para quem está dentro do grupo prioritário. “Os grupos prioritários permanecem, são crianças de seis meses a dois anos de idade, gestantes, idosos [...] Não podem as pessoas que têm alergia ao ovo e que estão fora desse grupo. Ela [pessoa fora do grupo] pode procurar um serviço privado e pagar, gratuito só será para esses grupos prioritários”, informa.
A coordenadora alerta para a documentação que precisa ser levada para a vacinação. “A caderneta de vacinação [...] É muito importante que as pessoas que tenham sua caderneta levem à unidade. Ela é um documento de registro que você tomou a vacina. Infelizmente, acontece muito das pessoas perderem, então é importante que elas não percam. Mas quem não tiver sua caderneta, não deixará de ser vacinado”, complementa.
Sobre a imunização, Ana Catarina diz que ela minimiza possíveis complicações da gripe. “Essa vacina na verdade ela vai proteger para as complicações da influenza, ela diminui muito a complicação. Então, diminui muito o número de internações, número de óbitos pela influenza e pela complicação que ela leva”, diz.
Os sintomas da gripe comum e da H1N1 são semelhantes. “Na verdade, elas apresentam a mesma sintomatologia que seria congestão nasal, febre, cefaleia, mal estar”, explica. A especialista ainda alerta para os cuidados com a higiene para prevenir as doenças. “A vacina, na verdade, é mais uma medida de controle. É importante que as pessoas continuem lavando as mãos, tendo todos os cuidados que foram orientados desde o período da epidemia”, conclui.
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