A coragem de Dilma
Diferentemente de Lula, que se aliou aos banqueiros e permitiu em seu Governo que o País assumisse a liderança mundial na prática de juros extorsivos, a presidente Dilma está disposta enfrentar o sistema financeiro.
Depois de mudar a remuneração da poupança para permitir a queda dos juros, planeja agora reduzir os custos dos empréstimos da casa própria. Como 70% dos recursos que financiam a habitação vêm da poupança, que terá correção mais baixa quando a Taxa Selic chegar a 8,5%, a equipe econômica espera que os bancos repassem essa queda aos mutuários.
Para isso, quer estimular a concorrência, facilitando a transferência do financiamento de um banco para outro que oferecer taxa menor. Poderá ser criado, inclusive, um ranking de juros e tarifas para o cliente buscar melhores condições de empréstimo.
Ao fazer essa cruzada de enfrentamento ao sistema financeiro nacional, Dilma atrai ainda mais o apoio e a confiança da classe média, a mais atacada pelos juros altos, pelas exorbitantes taxas do cheque especial.
E mais do que isso, pela falta de condições e capacidade de buscar o crédito pessoal temendo não ter condições de pagar por causa dos juros de mercado impraticáveis.
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