Casa funerária, em Garanhuns, seria responsável por aplicar os golpes.
Agentes civis cobrariam R$ 1 mil para informar local onde estavam corpos.
A Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) estão
investigando a suposta participação de policiais civis num esquema
envolvendo corpos de vítimas de acidentes de trânsito e assassinatos em
Garanhuns, município do Agreste do Estado. De acordo com a Polícia
Civil, esses agentes estariam recebendo propina para que uma funerária -
cujo dono é um militar reformado - removesse os cadáveres antes da
chegada de autoridades no local. Os policiais cobravam, segundo as
investigações, até R$ 1.000 para informar onde o cadáver estaria e o
valor era adicionado nas despesas funerárias, arcadas pelos familiares
dos mortos.A Polícia Civil informou que os parentes contaram que a funerária fazia os serviços sem autorização e cobrava um preço muito acima da média. A denúncia sobre a “máfia dos cadáveres”, como o esquema está sendo chamado, foi feita por um radialista à polícia de Garanhuns, via e-mail, e o caso acabou chegando às 1ª e 2ª delegacias municipais, onde foi instaurado o inquérito.
Depois o caso foi remetido à Polícia Civil e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e à Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos, responsável pelas investigações. A delegada Cláudia Freitas, à frente do caso, só vai dar declarações quando tiver mais detalhes sobre do caso. Ela irá solicitar a lista de corpos que passaram pelo IML de Caruaru para então poder intimar as famílias vítimas dos golpes a depor.
Esquema
Depois de recolhido, os corpos eram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru, cidade também no Agreste, pela funerária sem o consentimento dos familiares, porque Garanhuns não tem IML e as necropsias acontecem em Caruaru. Como o serviço já tinha começado a ser feito pela unidade funerária, a família se via obrigada a pagar os valores superfaturados.
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