RICARDO SETTI *
Que coisa lamentável a sofreguidão com que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se agarra, desesperado, a seu cargo.
Que triste. Dá até vergonha alheia.
Sim, nada foi provado cabalmente e muito menos na Justiça contra Lupi.
Sim, o ministro, como felizmente todos os cidadãos brasileiros, tem o direito constitucional da presunção da inocência.
Mas o que faz, afinal, com que uma pessoa se apegue de forma tão patética, tão vexatória, tão humilhante a um carguinho de titular de um ministério que pode ser ejetado a qualquer momento por um piparote dos presidentes da República?
Ministros, desde o começo da República, já foram mais de mil brasileiros, e raríssimos deixaram sinais significativos de sua passagem pelo poder.
Trata-se, portanto, de um cargo efêmero, bamboleante, sem a densidade reverencial com que muitas vezes é tratado no Brasil.
Lupi, contudo, declarando grotescamente seu “amor” à presidente Dilma, dizendo que só deixa o posto “à bala”, aferra-se a ele como se fosse um trono.
Por que, mesmo sem culpa provada, não tem a altivez de deixar o cargo até que terminem as investigações, como se faz nos países civilizados?
Não só no Primeiro Mundo, aliás. Temos ainda na memória o caso do chefe da Casa Civil do presidente Itamar Franco (1992-1995), Henrique Hargreaves. Acusado de beneficiar-se da roubalheira dos Anões do Orçamento, Hargreaves tranquilamente afastou-se, aguardou ver comprovada sua total inocência e foi renomeado por Itamar para a função primordial que exercia.
O problema é que, no Brasil, os bons exemplos na vida pública não frutificam.
Pelo jeito, Lupi só soltará o tronco em que está empoleirado, quando for chutado como um cachorro morto. (* VEJA)
Que coisa lamentável a sofreguidão com que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se agarra, desesperado, a seu cargo.
Que triste. Dá até vergonha alheia.
Sim, nada foi provado cabalmente e muito menos na Justiça contra Lupi.
Sim, o ministro, como felizmente todos os cidadãos brasileiros, tem o direito constitucional da presunção da inocência.
Mas o que faz, afinal, com que uma pessoa se apegue de forma tão patética, tão vexatória, tão humilhante a um carguinho de titular de um ministério que pode ser ejetado a qualquer momento por um piparote dos presidentes da República?
Ministros, desde o começo da República, já foram mais de mil brasileiros, e raríssimos deixaram sinais significativos de sua passagem pelo poder.
Trata-se, portanto, de um cargo efêmero, bamboleante, sem a densidade reverencial com que muitas vezes é tratado no Brasil.
Lupi, contudo, declarando grotescamente seu “amor” à presidente Dilma, dizendo que só deixa o posto “à bala”, aferra-se a ele como se fosse um trono.
Por que, mesmo sem culpa provada, não tem a altivez de deixar o cargo até que terminem as investigações, como se faz nos países civilizados?
Não só no Primeiro Mundo, aliás. Temos ainda na memória o caso do chefe da Casa Civil do presidente Itamar Franco (1992-1995), Henrique Hargreaves. Acusado de beneficiar-se da roubalheira dos Anões do Orçamento, Hargreaves tranquilamente afastou-se, aguardou ver comprovada sua total inocência e foi renomeado por Itamar para a função primordial que exercia.
O problema é que, no Brasil, os bons exemplos na vida pública não frutificam.
Pelo jeito, Lupi só soltará o tronco em que está empoleirado, quando for chutado como um cachorro morto. (* VEJA)
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