O governador já fora classificado, por aliados e mesmo por adversários, como obstinado e determinado. Mas é uma outra característica que tem chamado mais a atenção de alguns de seus correligionários e simpatizantes. Alguns eduardistas destacam que Campos tem se mostrado, sobretudo, meticuloso nos principais debates nacionais que colocam em lados opostos o governo e sociedade. Em todos eles, após analisar cuidadosamente o quadro, Eduardo tem ficado do lado da opinião pública.
No caso do Senado, após os muitos levantes sociais e políticos contra o retorno de Renan Calheiros, Eduardo alinhou o seu PSB ao clamor de renovação e à reprovação de uma controversa figura que deveria ter sido cassada em 2007. Os quatro senadores socialistas marcaram posição contrária, declarando publicamente sua insatisfação com o arranho feito entre PMDB e PT. Uma postura que pode ser lembrada mais a frente como um símbolo da discordância do provável presidencial Eduardo Campos ao vale-tudo pelo poder.
A posição do PSB e do governador é observada como um episódio interessante para quem precisa de razões para imprimir um discurso de mudança. Primeiro, veio a economia, agora, pelo visto, a política. As alianças do PT e as contas que o partido precisa pagar por conta delas devem dar a Eduardo Campos a base necessária para ir em frente em seu projeto nacional. Essa é a avaliação de alguns próximos ao socialista.
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