RIO DE JANEIRO — O Brasil apresentou, em 17 de junho, um esboço do acordo sobre o documento final da reunião de cúpula sobre pobreza e meio ambiente, mas a proposta foi rejeitada pela Europa e criticada por ativistas, que afirmaram que o texto é desanimadoramente incompleto.
O plano de ação para o futuro da Terra será lançado no Rio de Janeiro em 22 de junho, depois de um encontro de três dias cujo ponto alto será a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Anfitrião do megaevento, que durará nove dias, o Brasil assumiu em 16 de junho o controle das complexas negociações em torno do comunicado.
O país declarou que pretendia chegar a consenso até 19 de junho, quando 116 líderes de todo o mundo começarão a aterrissar no Rio para o evento.
“O caminho está aberto para um bom acordo final. Temos um texto equilibrado”, afirmou o chefe da delegação brasileira, Luiz Alberto Figueiredo, em 17 de junho.
Para a União Europeia, porém, no rascunho, de 50 páginas, faltam compromissos mais palpáveis para dar fim ao perigoso abuso dos recursos do planeta e criar uma economia verde.
“Queremos objetivos e metas com prazos concretos, além de mecanismos para monitorar os progressos”, afirmou Monica Westeren, porta-voz do comissário de Meio Ambiente da UE, Janez Potocnik.
Segundo ONGs, o desejo de evitar conflitos sérios como os que ocorreram em 2009 na cúpula do clima de Copenhague, pode facilmente diluir o documento-base.
O esboço “foi habilmente redigido para evitar controvérsias e promover o consenso, mas, mesmo se aprovado, não reorientaria o crescimento de modo a priorizar as pessoas e o planeta”, afirmou a ONG internacional Oxfam, que defende a causa dos pobres.
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