Os recursos do BNDES que serão disponibilizados aos Estados, e que será anunciados hoje pela presidente Dilma Roussef aos governadores, já chegarão "carimbados" para investimentos em infraestrutura. O dinheiro só poderá ser usado em obras como construção de estradas, extensão de metrô e ampliação de saneamento. A orientação é da presidente Dilma Rousseff, que anuncia hoje a nova linha de crédito do banco dentro do PEF (Programa Emergencial de Financiamento), já usado durante a crise de 2009 para socorrer Estados.
Até o início da noite de ontem, 25 dos 27 governadores haviam confirmado presença no evento de hoje pela manhã no Palácio do Planalto. No evento, Dilma vai pedir aos Estados, em contrapartida, que aceitem um cronograma de redução do ICMS sobre energia e telefonia. O valor da linha estava sendo fechado ontem pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) com a presidente Dilma. A estimativa era de algo perto de R$ 20 bilhões. Segundo um assessor, a tônica do encontro de hoje será "investimento, investimento, investimento".
Esses recursos estão "sobrando" no caixa do BNDES porque o setor privado se retraiu por conta das incertezas da crise econômica mundial e reduziu sua busca de empréstimos no banco. A presidente decidiu redirecionar esses recursos para os governadores tocarem projetos de investimentos que possam ajudar o governo federal na tarefa de tentar reaquecer a economia.
INVESTIR
A expectativa é que esses recursos comecem a ser aplicados de fato pelos Estados no final do segundo semestre, impulsionando o crescimento do país no próximo ano, quando Dilma espera que a taxa supere os 4%. Neste ano, o crescimento pode ficar abaixo dos 2,7% de 2011.
O governo quer reduzir os custos das empresas para estimulá-las a voltar a investir. O baixo investimento é considerado pela equipe econômica como um dos principais entraves para a retomada do crescimento do país. Na avaliação de assessores presidenciais, o país consegue atingir taxas de crescimento de 3% só com o estímulo ao consumo. Mas, para atingir e superar 4%, precisa elevar o investimento no setor produtivo. (Folha de S.Paulo)
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