Uma das vítimas do acidente com o carro da Unidos da Tijuca, Ricardo de Oliveira Cardoso Jr., de 32 anos, disse que integrantes da escola já estavam preocupados com a segurança da alegoria nos ensaios.
"A gente já havia questionado que o carro balançava bastante nos ensaios. Me como sempre ofereceram segurança, nós acreditamos e fomos para avenida. Chegou na avenida, tinha mais pessoas em cima do carro do que nos ensaios", contou ao UOL no Hospital Municipal Souza Aguiar, onde foi atendido e liberado após tratar as escoriações leves na perna e a alta de pressão.
No quinto desfile pela escola, ele estava acompanhado da irmã e contou como foi o acidente. "De repente a gente ouviu um estalo e só viu os ferros e o carro caindo. Eu me segurei em um ferro e segurei a minha irmã. Depois caímos e tentamos sair pela frente do carro, mas não deixaram porque ele Ainda ia andar. Ainda pedi pro motorista parar porque as pessoas tinham caído". Sua irmã, Aline Souza, Ainda estava sendo medicada, mas aparentava ter apenas ferimentos leves.
Eduardo Luís Cardoso Gomes reconheceu a mulher, Erica Gonçalves, sendo socorrida pela TV. A esteticista de 37 anos é a vítima com suspeita de quebra da clavícula, também atendida no Souza Aguiar. "Vi o acidente e fui para lá [sambódromo] com a filha de uma amiga que tava indo pro [hospital] Miguel Couto. Me falaram que a Erica estava bem e voltei pra casa. Quando cheguei, recebi foto dela sendo atendida e corri direto pro hospital", disse o marido, que chegou no hospital antes dela.
Ao UOL, o diretor de harmonia da escola afirmou mais cedo que foram feitos testes com mais peso antes do desfile. "O carro foi testado três vezes por semana com mais peso do que colocamos hoje. Nessa reta final os testes eram diários. Uma fatalidade enorme. Não podemos parar, querido. Isso aqui é Carnaval. Tem que tirar força do coração e seguir em frente", disse Ailton Freitas.
Acidente teve 12 feridos
A parte de cima de um dos carros da Unidos da Tijuca afundou antes de entrar na avenida da Marquês de Sapucaí na madrugada desta terça. Segundo informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde, 20 pessoas foram atendidas no posto médico do sambódromo.
Do total, 12 ficaram feridas e oito receberam assistência devido à ansiedade e ao nervosismo. Nove foram transferidas para hospitais, três delas mais com ferimentos mais graves: uma com suspeita de fratura na clavícula esquerda, outra com traumatismo craniano e a terceira com traumatismo abdominal.
O segundo carro da Tijuca, que representa a cidade de Nova Orleans, estava pronto para entrar na avenida quando houve o acidente. O desfile chegou a ser interrompido, mas voltou minutos depois. O carro ficou parado enquanto os integrantes eram socorridos.
Integrantes das demais alas passaram ao lado do carro para poder entrar na avenida. Após a liberação dos bombeiros, a escola tentou inicialmente retirar o carro da pista pelo primeiro recuo da bateria, mas a alegoria teve que seguir pela avenida, prejudicando a evolução da escola.
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