A zoonose ainda não foi erradicada no Brasil, de acordo com a Secretária de Vigilância em Saúde (SVS), no mês de abril deste ano houve uma ocorrerrência de raiva humana. Um homem de 49 anos, residente da região rural do município de Frutuoso Gomes/Rio Grande do Norte, foi mordido na mão por um morcego.
Logo após o caso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR) divulgou em 14 de maio, a confirmação da morte de um gato infectado por raiva, em Curitiba. As investigações apontaram que o animal contraiu a doença por meio de contato com morcego infectado.
Estes são apenas alguns reflexos de que mesmo com as campanhas feitas no País, que imunizam grande parte da população canina e felina, as ocorrências não deixam de aparecer. Cães e os gatos, em especial os que habitam em áreas rurais e que vivem em residências próximas a estes locais estão mais propensos a contatos com morcegos e canídeos silvestres, por isso, os proprietários devem estar atentos à vacinação anual. A prevenção ainda é a melhor forma de proteger o animal e o homem.
Contágio e sintomas
A transmissão da raiva ocorre, principalmente, por meio da mordida de um animal infectado com o vírus e que esteja eliminando-o pela saliva. Há duas formas de raiva canina: a furiosa, que se caracteriza por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, e a forma muda, com inquietação, ausência de ataque e tendência a se esconder. Nas áreas rurais, além de cachorros e gatos, bovinos, equinos, suínos, caprinos e ovinos também podem ser acometidos pela doença.
No Brasil, cães e gatos são importantes na transmissião da raiva para o homem, principalmente devido à sua proximidade com as pessoas. Os animais podem se infectar após serem mordidos por um cão raivoso (mais comum no caso dos cães) ou por hábitos de caça, que acabam fazendo com que os gatos se contaminem ao capturarem morcegos.
Depois do contato com um outro animal raivoso, o bicho pode levar de alguns dias até meses para desenvolver os sintomas. Após seu aparecimento, a doença costuma evoluir de forma rápida, variando de um a 11 dias, e o animal morre por paralisia respiratória.
O compromisso com a vacinação do animal de companhia contra esta doença é essencial para garantir a proteção contra a enfermidade tanto em animais, quanto em humanos. A consulta periódica a um médico veterinário auxilia na prevenção de outros tipos de doença tão perigosas quanto a raiva.
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