Primeiro discurso de Dilma teve mensagem 'ampla'
privilegiou um texto sem foco em temas específicos, o que resultou em uma mensagem "um tanto ampla"
Em seu primeiro pronunciamento como presidente do Brasil,
Dilma Rousseff privilegiou um texto sem foco em temas específicos, o que
resultou em uma mensagem "um tanto ampla", na avaliação de
especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
A avaliação é de que Dilma mencionou praticamente "todos os temas"
relevantes para o país na atualidade durante o discurso no Congresso,
mas sem estabelecer compromissos.
"Ouvimos um discurso amplo, com uma quantidade enorme de temas, mas
sem ênfases pontuais", diz Leonardo Barreto, cientista político e
professor da Universidade de Brasília (UNB).
Segundo ele, um dos "poucos momentos" de ênfase ocorreu na menção à
reforma tributária, classificada como "inadiável" pela nova presidente.
"Ela falou de praticamente tudo, mas muito rapidamente. Falou de
economia, política externa, da questão social, mas sempre de forma muito
cuidadosa, sem grandes compromissos", diz o professor.
Simbolismos
Na opinião do consultor político Carlos Manhanelli, a preferência por
"abraçar" os mais variados temas acabou resultando em uma fala "linear",
ou seja, "sem grandes pontos de emoção".
"Mesmo um discurso político, feito no Congresso, poderia ter tido um toque mais emotivo", diz.
Mas apesar de "genérico", o texto lido pela presidente Dilma
Rousseff no Congresso Nacional refletiu alguns "simbolismos" referentes à
nova ocupante do Palácio do Planalto.
"O principal deles é, sem dúvida, o fato de uma mulher estar subindo
a rampa do Palácio do Planalto. Nesse sentido, Dilma tenta se comparar
ao ex-presidente Lula, que durante sua posse chamou atenção para o fato
de ter sido o primeiro metalúrgico eleito", diz.
Ainda de acordo com Manhanelli, Dilma Rousseff também reforçou a
ideia de que "não pode errar", à semelhança do recado dado por Lula nos
últimos anos.
"De certa forma, são discursos parecidos. Assim como Lula, Dilma
busca enfatizar um fato inédito como forma de dar maior destaque à sua
eleição", afirma o especialista.
Situação 'confortável'
Na avaliação dos analistas ouvidos pela BBC Brasil, Dilma Rousseff toma posse em um momento "bastante favorável" ao País, com a estabilidade econômica e indicadores positivos.
A situação é diferente daquela vivenciada por Lula em 2003, quando o
então presidente eleito precisava "conquistar a confiança" da elite
empresarial, tanto no Brasil como no exterior.
"Dilma assume em um momento mais favorável, sem ter que se explicar muito do ponto de vista econômico", diz Manhanelli.
Barreto lembra ainda que o discurso de Lula, em 2003, teve um
forte cunho de mudança, com a promessa de um "novo caminho" para o País.
"Já no caso de Dilma, a questão principal do discurso é a
continuidade da política de seu antecessor, o que reduz ainda mais a
possibilidade de grandes novidades no discurso", diz o professor da UNB.
Recados
Apesar da generalidade do discurso, os analistas ouvidos pela BBC Brasil apontam alguns "recados" dados pela presidente Dilma Rousseff em seu primeiro pronunciamento.
Um dos mais fortes foi na menção a sua história como ativista política durante o regime militar, quando foi presa e torturada.
Dilma disse não "carregar ressentimentos ou rancor", acrescentando ainda que não haveria "retaliações" durante seu governo.
"Esse não deixa de ser um recado importante aos militares, uma tentativa de minimizar eventuais rusgas", diz Manhanelli.
Já o professor da UNB chama atenção para o trecho em que Dilma
"estende a mão à oposição", sugerindo certa "generosidade" àqueles que
não a apoiaram durante a campanha.
"Senti falta de um afago aos deputados e senadores, sobretudo em um
momento delicado na relação entre o novo governo e o Legislativo", diz
Barreto.
Força da natureza fez Rio de Janeiro e Japão sentirem a dor da destruição
Na Região Serrana, quase 900 pessoas morreram pela força da água. Do outro lado do planeta, a terra tremeu como nunca.
Onze de janeiro: o dia em que o ano novo acabou no Brasil.
A urgência do socorro se mostrou essencial. A todo momento, havia novas ameaças. Em uma única casa, 11 mortos na mesma família.
Onze de março, no
Japão:
a terra tremeu como nunca no país mais bem preparado do mundo para
enfrentar terremotos. Mas a tecnologia não serviu para nada diante do
tsunami que chegou logo depois. Viajando a 700 quilômetros por hora, as
ondas gigantes arrasaram o nordeste do país. Depois disso, o que mais o
Japão poderia temer?
Quatro reatores explodiram em Fukushima. Um após o outro. A radiação
avançou por mais de 300 quilômetros, contaminando a água, a comida e
desalojando milhares de pessoas. Quase 20 mil morreram.
No Brasil, foram mais de 900 mortes. Marcelo ficou 16 horas debaixo de quatro metros de terra. A vida ficou por um fio.
Dona Ilaír teve uma segunda chance. Em um resgate de tirar o fôlego,
registrado pelas lentes de uma câmera e exibido no mundo inteiro, ela se
salvou.
Em março, parecia reprise do outro lado do globo. Uma japonesa também
foi içada por uma mangueira de incêndio. Um cãozinho perdido no meio do
caos foi reconhecido pela dona quando apareceu na TV. Meio milhão de
pessoas perderam suas casas e chegou a faltar comida nos abrigos. E a
volta por cima surpreendeu a todos, como sempre.
Cinco meses depois, dez estradas destruídas pelo terremoto já estavam
em perfeitas condições. No Brasil, ninguém sabe explicar onde foi parar o
dinheiro da reconstrução.
Em Fukushima, o governo da província devolveu à Cruz Vermelha US$ 180
milhões ao descobrir que a necessidade de ajuda era menor. Em três anos,
os japoneses terão de volta as cidades totalmente recuperadas. Na Serra
Fluminense, não há nem previsão.
Morre aos 79 anos ex-vice-presidente José Alencar
O ex-vice-presidente morreu em São Paulo e lutava há anos contra tumores no abdome
Morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, o empresário mineiro e
ex-vice-presidente da República José Alencar (PRB), no Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com nota oficial da instituição,
Alencar morreu em decorrência de câncer - doença contra a qual lutava
desde 1997 - e falência de múltiplos órgãos. Assinam o documento o
doutor Antonio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico do hospital, e o
doutor Paulo Ayrosa Galvão, diretor clínico.
O ex-vice foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na
segunda-feira, com um quadro de suboclusão intestinal, em "condições
críticas". Ele havia recebido alta em 15 de março, após uma internação
de mais de um mês na instituição devido a uma peritonite (inflamação da
membrana que reveste a cavidade abdominal) por perfuração intestinal.
Nascido em 17 de outubro de 1931, José Alencar foi o 11º filho de um
total de 15 do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da
Silva. O ex-vice-presidente nasceu em um povoado às margens de Muriaé,
cidade de 100.063 mil habitantes no interior de Minas Gerais. José
Alencar era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixou três filhos
reconhecidos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia.
Ele começou a trabalhar aos 7 anos, no balcão da loja do pai. Em
1946, aos 15, deixou a casa da família, na zona rural, para trabalhar
como balconista em uma loja de tecidos da cidade. Dois anos depois, em
maio de 1948, José Alencar mudou-se para Caratinga, onde conseguiu
emprego como vendedor. Ao completar 18, em 1950, Alencar abriu seu
próprio negócio, com a ajuda de um dos irmãos. Em 1967, em parceria com o
empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros
(MG), a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), hoje um dos
maiores grupos industriais têxteis do País.
Nos anos seguintes, José Alencar foi presidente da Associação
Comercial de Ubá, diretor da Associação Comercial de Minas, presidente
do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e
vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Estabelecido no setor empresarial, candidatou-se para o governo de
Minas em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal,
elegendo-se por Minas Gerais com quase 3 milhões de votos. No Senado,
foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infraestrutura,
membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da
Comissão Permanente de Assuntos Sociais.
Embora tenha se caracterizado como a principal voz dissonante do
governo Lula em relação à política de juros ao longo dos oito anos de
mandato, sua inclusão na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 foi
decisiva para que o petista conquistasse o apoio do empresariado e, pela
primeira vez, a Presidência do País.
A presença de Alencar foi decisiva na vitória de Lula ao angariar o
apoio do empresariado, desconfiado com a possibilidade de um presidente
da República sindicalista. Em 2004, Alencar passou a acumular a
vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa, função que exerceu
até março de 2006. Em 2007, assumiu o segundo mandato como
vice-presidente após ser reeleito, novamente, ao lado de Lula.
Alencar se desligou do Partido Liberal (PL) em 29 de setembro de
2005, após a crise envolvendo o nome de seu sobrinho Daniel Freitas, um
dos fundadores da DNA Publicidade e falecido em 2002. A DNA, que tem
como sócio o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, foi
investigada por suposto envolvimento no escândalo do mensalão. Ainda em
2005, juntamente com outros ex-membros do PL, Alencar participou da
fundação de um novo partido: o Partido Republicano Brasileiro (PRB).
No tempo em que ocupou o cargo de vice-presidente, José Alencar
ganhou os títulos de cidadão honorário dos Estados do Rio Grande do
Norte, Paraíba, Sergipe, do Distrito Federal e de 53 municípios
brasileiros, sendo 51 deles em Minas Gerais.
RJ: juíza com nome em lista negra de grupo de extermínio é morta
Patrícia foi assassinada quando chegava em casa, em Niterói
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo,
foi morta a tiros dentro de seu carro, um Fiat Idea Adventure cinza, na
porta de casa na localidade de Timbau, em Piratininga, Niterói. De
acordo com um primo da vítima que não quis se identificar, ela foi
atacada por homens em duas motos e dois carros por volta das 23h30 de
quinta-feira. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres
40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista. Ela era um dos 12
nomes de uma 'lista negra' encontrada com um suspeito de tráfico de
drogas detido no Espírito Santo.
Patricia Acioli foi a responsável pela prisão de quatro cabos da
Polícia Militar e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar
um grupo de extermínio no município de São Gonçalo. A quadrilha
sequestrava e matava traficantes para depois pedir resgates de R$ 5 mil a
R$ 30 mil a comparsas e parentes das vítimas. Ela também decretou, em
janeiro deste ano, a prisão preventiva de seis policiais acusados de
forjar auto de resistência na cidade.
Patrícia estava em uma 'lista negra' com 12 nomes possivelmente
marcados para a morte encontrada com Wanderson Silva Tavares, o
Gordinho, preso em janeiro deste ano em Guarapari (ES). Ele é
considerado chefe do grupo de extermínio investigado por pelo menos 15
mortes em São Gonçalo nos últimos três anos.
O presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Alberto Rebelo dos
Santos, esteve no local do crime e disse que ela já havia recebido
ameaças.
Conhecida pelo seu rigor contra grupos de extermínios formados
por PMs, Patrícia Acioli tinha 47 anos. Na hora do crime, ela estava sem
seguranças. De acordo com o primo da vítima, na época em que era
presidente do TJ, Luiz Zveiter teria tirado a segurança da juíza. Apesar
das ameaças sofridas, a escolta não foi recolocada.
Patrícia Acioli começou sua carreira como defensora pública na
Baixada Fluminense. Na época, teve o carro metralhado. Ela exercia a
função de juíza há cerca de 20 anos
Esperança entrou em becos antes intransponíveis de favelas cariocas
Mas o Rio também testemunhou uma tragédia anunciada
em Santa Teresa. Em Hollywood, um documentário brasileiro pisou no
tapete vermelho.
Lá de cima, de braços e peito abertos, o Cristo Redentor, que fez 80
anos, testemunhou um presente abençoado: o Rio de Janeiro renascido a
seus pés. Em lugares antes intransponíveis - as vielas e os becos,
antigos caminhos do medo -, a esperança entrou em foco e revelou novos
ângulos. De dentro das favelas, do alto dos morros, uma cidade ainda
mais maravilhosa.
O Rio ficou mesmo muito mais colorido: alegre e romântico. Mas nem
sempre a vida imita a arte. Em Santa Teresa, a tragédia anunciada se
tornou um drama real. O acidente com o bondinho deixou seis mortos e
mais de 50 feridos.
A dura realidade acabou em cena de cinema. O documentário “Lixo
extraordinário” levou as imagens do aterro sanitário de Gramacho para
Hollywood. O lixo virou arte, e o filme entrou na corrida pelo Oscar.
Mas concorrido mesmo foi o tapete vermelho no Rio. Barack Obama foi com a família, esbanjou simpatia e logo se sentiu em casa.
Com o Rock in Rio, a cidade entrou em um ritmo frenético e cheio de harmonia. Foram quase cem horas de música.
Os cariocas viram surgir um novo amanhecer. A prisão do Nem, o chefe do
tráfico de drogas do morro da Rocinha, aconteceu na calada da noite.
Houve tentativa de suborno, mas a honra não teve preço. A desonra tinha
acontecido horas antes. Cinco policiais foram flagrados em escolta de
traficantes em uma rota de fuga.
Prisões antecipadas, meses de planejamento e o cerco estava pronto: o
destino era a Rocinha e as comunidades vizinhas, um labirinto gigante
dominado há décadas pelo tráfico. A maior operação policial-militar no
Rio de Janeiro estava começando - pelo ar e pela terra. A vitória se deu
com nenhum tiro disparado. Os moradores pareciam não acreditar. Tinham
que registrar o momento histórico. “Rocinha! Rocinha!”, gritavam.
O caminho foi aberto para os serviços básicos e o orgulho de ser
cidadão voltou. Acima de tudo, moradores descobriram como é viver em
paz.
Tecnologia ficou ainda mais presente e necessária na vida do ser humano
Steve Jobs transformou o computador em um eletrodoméstico de primeira necessidade. E os robôs? Já não vivemos sem eles.
Em 1961, o astronauta russo entrou em órbita, ficou no espaço uma hora e
40 minutos e virou a nossa vida de pernas para o ar. Em 50 anos,
viajamos cada vez mais longe. Houve partidas para Júpiter e notícias
sobre Marte.
O sol, Saturno e novos planetas estão na primeira página todo santo
dia. O endereço fixo que temos no espaço ganhou a bênção até do Papa.
Trinta anos depois, Discovery, Endeavour, e Atlantis pousaram para a
merecida aposentadoria.
No espaço, começou uma nova era. E aqui na Terra, os desafios de
sempre. E-coli: como vencer as bactérias que matam? O câncer? A
paralisia? Como alimentar 7 bilhões de pessoas sem prejudicar o planeta?
Abastecer na tomada é a saída para carros, motos e bikes.
E os robôs? Ainda se tornarão os melhores amigos do homem? Já não
vivemos sem eles. Estão no ar, nas estradas e até no fundo do mar,
tapando os buracos da irresponsabilidade. Qual é o limite?
Para Steve Jobs, nenhum. Ele transformou o computador em um
eletrodoméstico de primeira necessidade. Foi único até no adeus: recebeu
velas virtuais dos fãs do mundo inteiro.
O indiano de 100 anos treina dez quilômetros por dia! Começou a correr
aos 89 e já completou oito maratonas. Impossível? Já temos ponte com 37
quilômetros sobre o mar, um trem que viaja a 300 por hora, a
montanha-russa que corre como um guepardo e uma pop-star 100% virtual:
não passa de holografia, mas a plateia vai à loucura com a perfeição.
Em apenas meio século, chegamos ao futuro. E dá para imaginar onde estaremos daqui a cinco décadas?
De Strauss-Kahn a Berlusconi, 2011 testemunhou inúmeros escândalos
Na Inglaterra, jornalistas foram acusados de
espionagem por conta de escutas indiscretas. Nobres e plebeus não
conseguiram escapar dos bisbilhoteiros.
Escândalo! Nos Estados Unidos, o diretor-gerente do FMI foi preso na
primeira classe de um avião que ia para Paris. Uma camareira acusou
Dominique Strauss-Kahn
de abuso sexual. A fiança foi de US$ 1 milhão, mas ele se livrou: os
promotores descobriram muitas mentiras da camareira. E ele pôde voltar
para a França.
Mas o jornalista que matou a namorada finalmente foi preso. Depois de
11 anos de impunidade, Pimenta Neves foi para a cadeia. Quem diria?
Na Inglaterra, jornalistas foram acusados de espionagem por conta de
escutas indiscretas. Nobres e plebeus não conseguiram escapar dos
bisbilhoteiros: Charles e Camila, o primeiro-ministro Gordon Brown...
Indignação e vergonha. Um dos maiores impérios de comunicação do mundo
admitiu a sua culpa. Foi o fim da história de “News of The World”, um
jornal de 100 anos.
Na Itália, escândalos sem fim. O homem mais poderoso do país se envolveu mesmo com menores de idade? Quantas acusações contra
Silvio Berlusconi. Mas será que ele perdeu o sono?
Atirador matou 92 noruegueses que sonhavam com um mundo melhor
Na cidade brasileira que se diz moderna, a Avenida
Paulista assistiu à violência covarde. Mas, pela primeira vez, gays
conseguiram se casar no Brasil de 2011.
Um paraíso na terra: Noruega, melhor qualidade de vida do mundo.
Loiro, 1,90 metro. E uma mente totalmente perturbada.
Oslo virou uma praça de guerra. O atirador fanático matou jovens que
sonhavam com um mundo ainda melhor. Ao todo, 92 mortos. Os noruegueses
responderam com um mar de flores. Tristeza e medo no país da paz.
No Brasil, país ainda muito violento, conseguimos comemorar: São Paulo e
Rio tiveram as menores taxas de homicídios da história. Mas no sobe e
desce das estatísticas, a violência em capitais nordestinas se aproximou
dos lugares mais perigosos do mundo.
Não podemos nos esquecer de uma morte anunciada: a de Patrícia Acioli. A
juíza implacável contra maus policiais foi assassinada. Foram 21 tiros
na democracia brasileira. As balas eram da própria polícia.
Bandidos tentaram silenciar também a imprensa. Em Maringá, tiros contra
a RPC TV, afiliada da Globo. No Rio, o Globocop foi atingido e fez um
pouso de emergência.
Mas, em 2011, o prêmio Emmy foi para a imprensa brasileira. O
jornalismo da Globo recebeu o reconhecimento internacional pela
cobertura da tomada do Complexo do Alemão.
Houve conquistas e perdas dolorosas. Na operação da polícia em uma
favela do Rio, um repórter cinematográfico foi atingido por traficantes.
Gelson Domingos, da TV Bandeirantes, morreu vítima da violência que
ajudava a denunciar.
Um grupo de estudantes invadiu a reitoria da USP. Queriam a PM longe do campus. Avanço ou atraso?
Na cidade que se diz moderna, homossexuais ficaram em perigo. A Avenida
Paulista assistiu à violência covarde. Na intolerância sem limites, até
pai e filho foram agredidos. Nas ruas, protestos contra e a favor dos
gays, mas, nos tribunais, direitos foram reconhecidos. Pela primeira
vez, gays conseguiram se casar no Brasil de 2011.
Em um grande vaivém de intolerância, a quadra de vôlei foi palco de um
vexame da torcida, que gritou “Bicha! Bicha!” para o atacante Michael.
Mas, de peito aberto, todos viraram o jogo. Brasileiros bons de briga
conseguiram um recorde em 2011 e subiram ao pódio. Nos jogos
Parapan-Americanos, ficamos em primeiro. Um show de nossos atletas. Um
time de ouro.
Colapso da economia expôs a Europa a um futuro incerto
Com a dívida pública sem controle, o velho continente passou o ano de pires na mão.
Greves e quebra-quebra: é o mundo em colapso. Justo o primeiro mundo.
Com a dívida pública sem controle, o velho continente passou o ano de
pires na mão. Irlanda, Portugal, Espanha, Bélgica, Itália, o paraíso
grego... a crise, que contagiou a zona do euro, começou do outro lado do
Atlântico: em plena América, atolada em dívidas. A economia ficou
ameaçada; a política, abalada.
Queda de braço entre republicanos e democratas: pela primeira vez na
história, a classificação de risco dos Estados Unidos foi rebaixada.
Houve pânico nos mercados financeiros. Por essa, o presidente Obama não
esperava, mas o que o mundo esperou, ele cumpriu: retirou as tropas do
Iraque. Em tempo de campanha eleitoral, a ordem foi salvar o exército de
desempregados. A oposição passou o ano atrás de um candidato para
enfrentar Obama.
Em uma operação cinematográfica, o terrorista mais procurado do planeta foi morto no Paquistão. Mas o corpo de
Osama bin Laden ninguém viu. Teria sido lançado no mar.
Os americanos comemoraram nas ruas e também protestaram por uma nova
ordem econômica. O movimento Ocupem Wall Street se espalhou da capital
ao resto do país.
Clima quente também na Rússia, palco da maior manifestação dos últimos 20 anos. O partido do primeiro-ministro
Vladimir Putin
foi acusado de fraude na eleição. A secretária de Estado Hillary
Clinton criticou o governo russo. Tensão diplomática. Ambos têm
problemas em comum: o terror dentro de casa. Em Moscou, um atentado
suicida feriu 110 e matou 35 em um aeroporto; em Nova York, um
simpatizante da al-Qaeda planejava atacar.
No santuário xiita, no Afeganistão, uma bomba explodiu. A Coreia do
Norte anunciou a morte do ditador Kim Jong-il e fez testes com mísseis
no mesmo dia.
No Irã, nem o cerco de sanções deteve a ambição nuclear de Mahmoud
Ahmadinejad. Na capital iraniana, a embaixada da Grã-Bretanha foi
invadida.
Tensão entre desafetos: a ONU rejeitou a criação de um estado
palestino. E uma decisão inédita: mil prisioneiros palestinos foram
trocados por um único preso israelense, o soldado sequestrado pelo Hamas
há cinco anos.
Novos acordos foram firmados para a Europa endividada. O perigo de
contágio é um fantasma que ronda o velho mundo. Era hora de tentar
salvar o sonho da moeda única. A chanceler alemã se aliou ao presidente
francês por um novo tratado para a União Europeia. Um marco na história.
Merkel e Sarkozy: seria o Merkozy?
O Reino Unido rejeitou o tratado. David Cameron se isolou para proteger a bolsa de Londres.
Foi um ano de desentendimentos e mudanças. Na Espanha, houve uma
guinada para a direita na eleição. Na Grécia, após uma atrapalhada
proposta de referendo, George Papandreou se retirou. Desgastado, o
primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, também renunciou.
Mario Monti assumiu, promovendo austeridade. Foi o pacote "Salve a
Itália". Por que, então, a ministra do Trabalho chorou? Porque ainda é
temeroso e incerto o futuro do velho continente.
Duplas sertanejas protagonizaram casos de brigas e polêmicas
Zezé Di Camargo sem Luciano? Bruno sem Marrone? Dudu Di Valença sem Rodrigo? Relembre os famosos que deram o que falar.
“É o amor”: uma das músicas mais tocadas no país fez 20 anos. Em seguida, surpresa nos palcos:
Zezé Di Camargo sem Luciano? O fim da dupla chegou a ser anunciado em um show em Curitiba. Era uma briga em família.
Outras duplas também deram o que falar. Bruno sem Marrone? Foi por
pouco. O helicóptero caiu e todo mundo quis saber: era Marrone mesmo que
estava pilotando?
Dudu Di Valença sem Rodrigo? As câmeras de segurança revelaram: o
cantor virou assaltante de joalherias. E o companheiro, comparsa.
Decepção sertaneja.
Mas novos sonhos ganharam vida nas passarelas. Brasileira, linda e transexual, Lea T foi a nova sensação.
Homem ou mulher? Um modelo sérvio foi eleito uma das cem mulheres mais bonitas do mundo.
No mundo da moda, foi também a vez do menino zumbi.
Nos palcos, ídolos sempre renovados. Correria, gritaria e choro com
Justin Bieber e
Miley Cyrus no Brasil. Eles fizeram a alegria dos adolescentes.
As estrelas do cinema também apareceram por aqui, como
Jim Carrey. Catherine Deneuve fumou em uma entrevista. Desagradou, sem perder a pose.
Jovem, bonito e querido por todos: na luta contra o câncer,
Reynaldo Gianecchini mostrou força e serenidade.
O médico de
Michael Jackson foi condenado. Conrad Murray não conseguiu convencer.
Aos 27 anos, a menina branca de voz negra nos deixou para sempre. Intensa, frágil e genial.
Amy Winehouse inesquecível.
Cabeças rolaram no primeiro ano de mandato da primeira presidente mulher
Foi um ano de faxina. Seria para varrer "marcas do passado"? Quantas mudanças estariam nos planos dos brasileiros para 2011?
Foi um ano de faxina. Seria para varrer "marcas do passado"? Quantas
mudanças estariam nos planos dos brasileiros para 2011? A nossa primeira
presidente da República tomou posse em um dia de chuva. O poder ficou
"mais feminino". Nunca tivemos tantas ministras de estado. Era hora de
arrumar a casa.
Mas e o cenário político, parecia tão renovado assim? Com Tiririca e Popó, o clima até que começou mais descontraído.
O valor do salário mínimo agora é por decreto presidencial até 2015. As
contas oficiais e pessoais foram às alturas. No paraíso das compras, o
pecado da dívida vertiginosa fez muitas famílias cortarem despesas. O
orçamento nacional também apertou.
Batemos o recorde dos impostos. E uma boa notícia: ao longo do ano, a
taxa de desemprego nunca esteve tão baixa. Ultrapassamos os britânicos.
Já somos a sexta economia do mundo, atrás dos Estados Unidos, China,
Japão, Alemanha e França.
Afinal, para o Brasil, o tempo passou ou voltou atrás? Inflação e
corrupção seriam heranças eternas? Cabeças rolaram no primeiro gabinete.
Quantos elefantes brancos engordam com dinheiro público? O Fantástico
denunciou obra superfaturada; o Globo Repórter denunciou irregularidades
no sistema de saúde; o “JN no Ar” denunciou problemas nas escolas do
Brasil.
O mundo ficou de olho no Brasil, palco de polêmicas: caça à onça
pintada no Pantanal, desmatamento na Amazônia e a construção de Belo
Monte. No canteiro a todo vapor de Jirau, em Rondônia, a revolta
repentina dos operários: protestos contra o progresso? As manifestações
varreram o país. Vem aí o novo código para as florestas.
Um susto: o presidente Lula começou tratamento contra o câncer. Dois mil e onze: o ano do Brasil diante do espelho.
Doze adolescentes tiveram sonhos destruídos no massacre de Realengo
Pelo Brasil, crianças foram mortas barbaramente. A
amante do pai confessou ter estrangulado a menina Lavínia. O tiro que
matou o menino Juan partiu da arma de PMs.
Onde ninguém imaginava, surgiu a morte. Em uma manhã de abril, mais de
60 tiros foram disparados dentro da escola em Realengo, no Rio de
Janeiro. O ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira estava determinado a
matar. Pânico e desespero na agonia da procura pelos filhos. Doze
adolescentes foram assassinados. A maioria, meninas cheias de sonho. No
meio da escada da escola, chegou ao fim a loucura que destruiu tantos
sonhos.
Em 2011, crianças foram abandonadas. Uma foi resgatada do lixo. Outra foi jogada em um córrego.
Crianças foram consumidas pelas drogas. E mortas barbaramente. A amante
do pai confessou ter estrangulado a menina Lavínia. O tiro que matou o
menino Juan partiu da arma de PMs.
Mas milagres suavizaram tragédias. Na Serra Fluminense, pai e filho
soterrados durante 15 horas foram resgatados. Nos braços do pai, Nicolas
sobreviveu e renasceu.
Marcos Vinícius, arrastado pela enxurrada, também agradeceu.
O inacreditável se repetiu na Turquia. Um bebê de apenas duas semanas escapou do terremoto depois de 46 horas na escuridão.
São histórias que comovem e trazem lágrimas que nunca serão como
aquelas derramadas em uma manhã de abril na escola de Realengo.
No esporte e na política, as mulheres chegaram ao poder
Três mulheres dividiram o Nobel da Paz. A revista
Forbes classificou a presidente Dilma como a terceira mulher mais
poderosa do mundo.
O céu é limite para Carla, a primeira piloto do avião de guerra da Força Aérea Brasileira? Batismo de fogo e banho de orgulho!
E que vitória sublime para elas: três mulheres dividiram o prêmio Nobel da Paz.
Onde falta dinheiro, chamem a francesa. Christine Lagarde virou a número um do FMI.
Hoje, temos Marta, a rainha do futebol.
A revista americana Forbes classificou a presidente Dilma como a
terceira mulher mais poderosa do mundo. Mulheres ficaram no comando pelo
mundo afora.
Afinadas em defesa das crianças pobres, a presidente recebeu a cantora Shakira. Show sem protocolo.
No universo feminino, mais uma estrela brilhou em 2011. Mas quem é ela?
Na verdade, era o ator Daniel Craig, usando vestido e saltos em uma
campanha mundial do dia da mulher. O super agente secreto 007, na pele
de uma loura, pediu igualdade entre os sexos. Ele entende de boa ação.
Revolta pelo fim do autoritarismo varreu Oriente Médio e norte da África
Ben Ali, o ditador tunisiano, foi o primeiro a cair.
Fogo e pedras tomaram conta da praça Tahrir. Muammar Kadhafi, há 42 anos
no poder, enfrentou a oposição.
Ela começou tímida na
Tunísia,
ainda no final de 2010. Logo uma onda varreu o Oriente Médio e o norte
da África. A revolta pelo fim dos regimes autoritários tomou conta de
países.
Ben Ali, o ditador tunisiano, foi o primeiro a cair. Na capital
egípcia, a multidão enfurecida enfrentou os blindados do exército.
Repressão e censura de nada adiantaram. A internet foi o trunfo dos
revoltosos.
Fogo e pedras na praça Tahrir. Um cordão humano tentou proteger os
tesouros milenares do museu do Cairo. Após 18 dias de fúria, Hosni
Mubarak finalmente renunciou, dando fim a 30 anos de intrincadas
alianças. A euforia tomou conta do Egito. Mubarak começou a ser julgado
atrás das grades..
Os protestos se alastraram pelos países vizinhos. Refugiados
atravessaram fronteiras em busca de abrigo. O mundo acompanhou perplexo.
Na
Líbia, uma luta sangrenta. O coronel
Muammar Kadhafi,
há 42 anos no poder, enfrentou a oposição. Mas a Otan apoiou os
insurgentes. Pouco a pouco, o ditador foi encurralado. A caçada acabou
em Sirte, cidade natal de Kadhafi. Capturado dentro de um cano de
esgoto, o coronel foi torturado e teve uma morte brutal. O corpo?
Enterrado no deserto de Saara em local desconhecido.
Longas ditaduras chegando ao fim. Temendo o movimento que se espalhou, a
Arábia Saudita surpreendeu: no país onde as mulheres não podem nem dirigir, elas vão poder votar e até se candidatar nas eleições municipais.
Pressionado, o presidente Ali Abdullah Saleh renunciou ao governo do
Iêmen depois de três décadas.
No
Bahrein, a população protestou contra o regime da família Califa.
Guerra de religiões? Após nove meses, a rebelião voltou às ruas no Egito. O governo militar convocou as eleições.
Na
Síria, o clima era de guerra civil. Cinco mil vítimas. Ameaçado pela ONU e pela Liga Árabe,
Bashar al-Assad não largou o poder. Um massacre.
Até onde vai a Primavera Árabe? As tiranias vão acabar? Só o tempo dirá.
Vulcão chileno, terremotos, tornados e chuvas assustaram países
Na Índia, o rio subiu rápido. Na Serra Mineira, a fúria das chamas descontroladas assustou a população.
O vulcão na África tornou a noite vermelha. O vulcão chileno tornou o
dia cinza. Tornados nos Estados Unidos colocaram barcos onde deveriam
ter carros. Os ventos não estavam mesmo a favor. Tudo mudou de lugar e
caiu por terra. A natureza foi impiedosa.
Na Índia, o rio subiu rápido. Na Serra Mineira, a fúria das chamas
descontroladas assustou a população. Raios cortaram a coluna de fumaça
no despertar do chileno Puyehue. As erupções transformaram toda a
paisagem. Uma chuva de cinzas caiu do céu. A nuvem gigantesca provocou
um caos aéreo. Confusão nos aeroportos da Argentina, Paraguai, Uruguai e
o sul do Brasil. Chegou até a Austrália e Nova Zelândia.
Sem avisar, a terra tremeu na Turquia: foram 30 segundos devastadores. O
desespero invadiu a cidade de Van. Ao todo, 280 pessoas morreram.
Destruição sem tréguas na Nova Zelândia. Prédios inteiros caíram na
hora; 180 mortos. No sul da Espanha, edifícios históricos não
resistiram.
Mesmo quando alertamos para o perigo, quem podia imaginar ventos tão
ferozes? A temporada de tornados devastou o sul dos Estados Unidos.
Levantou poeira também no Brasil e assustou o interior de Mato Grosso do
Sul. Nas Filipinas, não foi só susto. Luto em massa. Mais de mil
mortos.
Brasileiros sofreram com a chuva - mais uma vez. Bastaram minutos de chuva para se perder casa e vidas. Dava para prever?
Protestos e eleições provocaram mudanças sutis na América Latina
Reformas na ilha de Fidel abriram a economia. Os
bolivianos pediram a renúncia do presidente Evo Morales. No Haiti, o
ex-ditador Baby Doc voltou e foi preso.
Finalmente, reformas na ilha de Fidel abriram a economia. Uma guinada sem precedentes em mais de meio século de socialismo.
Em 2011, Cuba serviu de refúgio para o presidente venezuelano. Doente,
Hugo Chávez só admitiu estar com câncer quando não conseguiu mais esconder a doença.
Na Colômbia, a guerrilha sofreu um golpe. O líder das Farc foi morto pelas tropas do exército.
No Chile, confrontos nas ruas por mais verbas para a educação.
Os bolivianos pediram a renúncia do presidente Evo Morales.
No Equador, prisão e multas milionárias para quem falou mal do
presidente Rafael Correa na imprensa. Ameaça à liberdade de expressão
também na Argentina.
No Haiti, o ex-ditador Baby Doc voltou e foi preso. O novo presidente do país é um cantor popular.
Um ano de eleições também no Peru. Ollanta Humala foi o escolhido. Na vizinha Argentina,
Cristina Kirchner é reeleita, mas, no fim do ano, uma notícia inesperada: ela tem um tumor na tireoide
De acidentes aéreos a explosão no Rio: veja flagrantes marcantes do ano
Um avião desgovernado caiu sobre a plateia nos EUA.
Mas nenhuma imagem foi tão assustadora quanto à do vazamento de gás no
restaurante.
Em Nova York, um voo foi interrompido ainda no chão: o avião gigante bateu em outro enquanto taxiava.
No Brasil, um voo foi interrompido por um carro. Policiais federais
frustraram a fuga de um grupo de contrabandistas. No Recife, tragédia
após a decolagem: todos os ocupantes morreram na queda do avião de uma
empresa regional. Em Curitiba, a manobra acrobática em um show também
terminou mal; o piloto não sobreviveu.
Em uma corrida aérea nos Estados Unidos, um avião desgovernado caiu sobre a plateia: nove mortos e mais de 50 feridos.
Em terra firme, explosões estremeceram o asfalto e arremessaram
bueiros. Foram dezenas de casos no Rio de Janeiro. Mas nenhuma imagem
foi tão assustadora quanto à do vazamento de gás no restaurante. Câmeras
de segurança registraram a fração de segundo em que a rotina de uma
manhã tranquila explodiu em tragédia; quatro mortos e 17 feridos.
Idosa espantou bandido com ‘bolsadas’: veja flagrantes de coragem
Em Santo Antônio do Descoberto, quem apareceu para defender a população que protestava foi o padre.
Pancadaria e confronto com a polícia: em Santo Antônio do Descoberto,
quem apareceu para defender a população que protestava foi o padre.
Na Rússia, o quebra-quebra foi em um programa de televisão. O
entrevistado não gostou do que ouviu e transformou o estúdio em arena de
luta.
Na escola australiana, o aluno gordinho cansou dos ataques de bullying. A cena da vingança brutal rodou o mundo.
Na Inglaterra, a velhinha chegou na hora certa. Impediu o assalto à
joalheria espantando os ladrões a bolsadas. Justiça com pontualidade
britânica.
Brasileiros assistiram perplexos à violência nas estradas em 2011
Em São Paulo, um engavetamento gigante. Em Porto Alegre, ciclistas atropelados voaram pelos ares.
Imprudência e impunidade nas estradas. Os brasileiros assistiram perplexos à violência sem limites em 2011.
Em São Paulo, um engavetamento gigante. O que teria causado tanta
destruição? Neblina, falta de sinalização... Socorro difícil na Rodovia
Imigrantes.
Em Porto Alegre, imagens inacreditáveis. Ciclistas voaram pelos ares, atropelados pelo motorista em fúria.
Nunca antes tantos mortos nas estradas como em 2011. Mas seriam mesmo acidentes? Ou tragédias anunciadas?
O Brasil acordou tarde e assustado para o problema: estradas ruins e imprudência.
No Rio, a tragédia só não aconteceu por muito pouco.
Em 2011, nada trouxe tanto sofrimento quanto as mortes de inocentes, vítimas de motoristas bêbados. Tragicamente impunes.