Pouco antes de viajar para Roma, onde participará neste domingo (13) da canonização da Irmã Dulce, Maria Rita Lopes Pontes, sobrinha dela, contou ao blog as lembranças e ensinamentos da tia. Disse que o "diferencial" de Irmã Dulce é que a santa "pisou e viveu neste mundo em que nós estamos".
Maria Rita ressaltou, ainda, o fato de Irmã Dulce ser uma santa "contemporânea" e próxima da realidade das pessoas.
A cerimônia de canonização acontecerá no Vaticano e será conduzida pelo Papa Francisco. Irmã Dulce é a primeira mulher nascida no Brasil a se tornar santa e passará a ser chamada Santa Dulce dos Pobres.
"É uma santa que pisou e viveu neste mundo que nós estamos, que tocou muita gente, que foi tocada por muitas pessoas através de sua palavra, dos seus gestos, da sua assistência. Então, esse é o grande diferencial. É uma santa que a gente conheceu, é uma santa que a gente ouviu a voz, uma santa que esteve tão próxima da gente, e que agora a gente descobre como é simples seguir o exemplo de Irmã Dulce, como é fácil”, disse Maria Rita ao blog.
A sobrinha de Santa Dulce dos Pobres mudou de cidade, profissão e de vida para, há mais de duas décadas, dar sequência à obra da tia e, com isso, conseguir manter as obras sociais de Irmã Dulce na Bahia.
Irmã Dulce é uma santa que pisou e viveu neste mundo, diz sobrinha
Leia abaixo a entrevista com Maria Rita Lopes Pontes:
Blog: Qual o significado da canonização da Irmã Dulce para o Brasil, neste momento especialmente?
Maria Rita: Eu acho que tem um significado enorme. Nós precisamos tanto de valores para que as pessoas se compadeçam mais com o próximo, olhem mais para quem precisa. Às vezes, quem precisa está do nosso lado. A gente, às vezes, com essa correria do dia a dia, não tem tempo, não tem tempo para ouvir, para cuidar do filho, para cuidar de um irmão, de alguém que precisa. Então, a Irmã Dulce vem nos chamar atenção para um aspecto que eu acho relevante: o amor, o amor ao próximo, que falta hoje. As pessoas estão muito envolvidas na correria, no trabalho, nas redes sociais e não têm tempo para olhar para quem está do nosso lado. Não necessariamente o mais pobre, mas alguém que precisa do nosso apoio e que, neste momento, ela vem chamar essa atenção: vamos nos amar mais, vamos prestar mais atenção um no outro.
Blog: Qual a lembrança que a senhora tem da Irmã Dulce, já que a senhora conviveu tão de perto com ela?
Maria Rita: Uma pessoa extremamente simples, amorosa, que sabia ouvir, que tinha tempo para todo mundo, que nunca lamentou de nada, mesmo quando estava doente. De uma fé inabalável, não uma fé oscilante, uma pessoa totalmente diferente, mas uma pessoa de carne e osso como a gente, uma pessoa que soube amar a humanidade.
Blog: Ou seja, essa questão de ser uma pessoa de carne e osso, isso mostra que a gente tem uma santa contemporânea, uma santa dos nossos tempos?
Maria Rita: É uma santa que pisou, que viveu neste mundo que nós estamos, que tocou muita gente, que foi tocada por muitas pessoas através de sua palavra, dos seus gestos, da sua assistência. Então, esse é o grande diferencial. É uma santa que a gente conheceu, é uma santa que a gente ouviu a voz, uma santa que esteve tão próxima da gente e que agora a gente descobre como é simples seguir o exemplo de irmã Dulce, como é fácil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário