Foto: Alcione Ferreira/Divulgação
Editoria de Política
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) informou, por meio de nota, que não compactua com qualquer tipo de discriminação e está apurando o fato
O mandato coletivo Juntas, da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) denunciou nessa terça-feira (17), por meio de nota, casos de racismo e machismo cometidos por policiais no exterior da Casa contra as codeputadas e funcionários do seu gabinete. O mandato, representado legalmente pela ambulante Jô Cavalcanti, também é exercido, de forma coletiva, pela jornalista Carol Vergolino, a advogada trans Robeyoncé Lima, a professora Kátia Cunha e a estudante de Letras Joelma Carla.
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Uma nota pública divulgada pelo gabinete afirma que uma das suas assessoras foi barrada na manhã dessa terça (16) na entrada do Anexo II da instituição. Ela iria fazer a cobertura da reunião ordinária da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, da qual as Juntas integram. O policial teria abordado a assessora “de maneira agressiva”, segundo a nota, e a questionado sobre o motivo de estar presente no local. “A profissional trabalha há quase três meses no espaço e estava segurando uma câmara fotográfica, identificando com clareza a função que exerceria no espaço. Três mulheres da mandata, duas delas Codeputadas, foram chamadas pela assessora para confrontar a abordagem e também foram alvo de comentários machistas e racistas”, diz trecho da nota. O mandato informa que a Superintendência da Alepe foi notificada sobre o ocorrido.
As codeputadas classificaram a abordagem com um exemplo de racismo institucional. “Não aceitaremos a naturalização da violência que pressupõe perfis adequados para estar numa casa parlamentar, que é a casa povo”, afirma a nota.
Elas afirmam, por fim, que o ocorrido nesta terça (17) não é um fato isolado. “A Mandata das Juntas é formada por 70% de mulheres e 50% de pessoas negras e tem sido foco frequente de abordagens machistas e racistas. São comentários sobre as roupas, sobre os cabelos, perguntas grosseiras sobre se trabalham ou não na Casa, entre outras formas de assédio moral e discriminação que não acontecem com outras pessoas que trabalham no mesmo espaço. A mandata é feminista e periférica, com forte presença de pessoas negras, em diversas funções. A diversidade da equipe representa vários segmentos da sociedade que são discriminados todos os dias por sua classe, sua cor, seu gênero”, diz outro trecho da nota.
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