POR CARLOS BRICKMANN
Há coisas em que é até difícil de acreditar. O suplente de Demóstenes Torres, Wilder Morais, do DEM de Goiás, tomou posse no Senado na sexta-feira, 13. Só tomou posse: mesmo que quisesse trabalhar, não o conseguiria, porque o Senado não funciona às sextas-feiras. Sua cerimônia de posse durou três minutos. Na segunda e na terça, houve sessões, mas Wilder Morais não apareceu. Na quarta, o Senado entrou em recesso e só voltará a funcionar em agosto.
Wilder recebeu R$ 16.300,00, referentes ao período de 13 a 31 de julho - nos quais esteve ocupado por exatos três minutos. Cada minuto que Wilder levou para tomar posse custou ao contribuinte R$ 5.430,00. É legal - faz parte daquelas leis que políticos de caráter precário elaboram para beneficiar-se sempre que possível. Mas ganhar sem trabalhar é imoral. O dinheiro público é de todos nós. E, como se sabe, aquilo que é de todos é como se não fosse de ninguém. Só de quem sabe apropriar-se daquilo que, se tivesse vergonha na cara, nem tocaria.
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