Os candidatos a prefeito e vereador que disputaram as eleições deste ano em todo o país terminaram a campanha com uma dívida total de R$ 214 milhões. Esse valor corresponde à diferença entre tudo o que foi arrecadado com doações oficiais e todos os gastos de campanha declarados à Justiça Eleitoral.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira (19) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As receitas com doações, incluindo as feitas pelos partidos, somaram R$ 3.378.086.551,42. Já as despesas de campanha alcançaram R$ 3.592.120.293,61.
Essa foi a primeira eleição desde 1994 em que apenas pessoas físicas puderam fazer doações.
As doações de empresas nas últimas eleições foram proibidas por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que entendeu que o poder econômico empresarial poderia desequilibrar a disputa.
As estatísticas da eleição deste ano foram apresentadas pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Gilmar Mendes, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, na sede do TSE, em Brasília.
Fundo partidário equivale a 10%
O fundo partidário, dinheiro público repassado aos partidos para a manutenção das legendas, respondeu por 9,57% das doações dirigidas aos candidatos. Foram R$ 323 milhões.
Os cinco partidos que mais receberam doações diretamente de eleitores foram PRB (R$ 28.456.960,54), PSDB (R$ 25.335.901,94), DEM (R$ 24.102.610,00), PP (R$ 18.370.236,15) e PR (R$ 16.392.075,00).
O balanço das eleições também apontou que foram encontrados indícios de irregularidades em
41,8% das pessoas físicas que fizeram doações eleitorais.
No total, foram registradas doações em nome de 965.113 CPFs. O valor das doações sob suspeita é de R$ 1,3 bilhão.