Mas está faltando a outra parte da história: os presos torturados, com marcas visíveis, quando sobreviviam eram levados a tribunais, onde eram acusados pelo Ministério Público e julgados por magistrados. Mais do que as marcas, informavam ter sido torturados. Cadê os promotores que ignoravam as marcas e as informações e continuavam tranquilos a acusá-los? Cadê as investigações que deveriam ter ordenado para apurar se houve efetivamente tortura e quem a praticou? E os meritíssimos juízes, onde estão? Passarão pela negra história da tortura como quem virou as costas, lavou as mãos, não viu nada?
O presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, promete trabalhar para que sejam responsabilizados todos os envolvidos na tortura, por ação ou omissão.