Principal objetivo da fiscalização é preservar a vida dos pernambucanos.
Somente em 2010, 1.935 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito. 
            
Preservar vidas é o principal objetivo da operação Lei Seca em 
Pernambuco, coordenada pela Secretaria de Saúde do Estado. Somente em 
2010, 1.935 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito. A 
intensificação das blitze começa nesta quinta-feira (1), com expectativa
 de fiscalizar 900 carros por dia em seis pontos distribuídos pela 
Região Metropolitana do Recife.
 Antônio Carlos Figueira, secretário estadual de
 Saúde (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Cada equipe de fiscalização será formada por 11 profissionais, sendo 
quatro militares, quatro agentes do Departamento Estadual de Trânsito 
(Detran) de Pernambuco e três técnicos da Secretaria Estadual de Saúde. 
"Não queremos multar, mas sim fiscalizar, orientar. Lógico que isso não 
significa que não iremos usar todo o rigor da lei", alerta o secretário 
de Saúde Antônio Carlos Figueira, explicando também que apesar do uso 
anterior do etilômetro, só agora a operação Lei Seca se transformou em 
uma política permanente do governo.
 Além dos profissionais, as blitze serão sinalizadas com balões e 
contarão com tendas. "Queremos que a população saiba que está tendo 
fiscalização e se conscientize de não associar bebida e direção", afirma
 o coordenador executivo da operação, major André Cavalcanti. Serão 42 
ações por semana.
 A expectativa é que as tendas sejam, posteriormente, substituídas por 
vans, a fim de facilitar o deslocamento da blitz. "Nós sabemos que 
existe um mau uso das redes sociais. A ideia é que quando detectarmos 
que foi sinalizado o lugar da blitz, nós possamos mudar de ponto", 
explica o secretário Figueira.
 Os condutores continuam desobrigados a soprar o bafômetro, mas 
Cavalcanti lembra que, em caso de o motorista apresentar sinais claros 
de embriaguez, as medidas administrativas cabíveis serão tomadas. "Não 
podemos deixar esse cidadão nas ruas para causar um acidente. O que 
queremos é coibir a ação dos maus condutores", conta Cavalcanti.

 Outro alerta do secretário é de que os profissionais que atuarem nas 
barreiras terão de desligar os telefones celulares durante a operação, a
 fim de preservar a integridade da ação. "E eu vou ligar para conferir 
se estão desligados mesmo", avisa Figueira. A operação deve custar R$ 8 
milhões aos cofres públicos por ano.
 
A atuação tem também uma vertente educativa, onde duas equipes que 
contam com educadores portadores de deficiência, vítimas de acidentes de
 trânsito envolvendo álcool, vão trabalhar na sensibilização da 
população. "É importante levar para as pessoas essa mensagem de não 
misturar álcool e direção", acredita Alexandre do Nascimento, que ficou 
paraplégico após sofrer um acidente de moto em 2004, quando ele 
conduzia, embriagado, o veículo.