Os próximos dias serão de tensão em Brasília. Isso porque é esperada para essa semana a entrega da aguardada lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com os pedidos de inquérito contra lideranças políticas envolvidas em esquema de pagamento de propinas da construtora Odebrecht.
Nos últimos dias, o chefe do Ministério Público Federal vem concentrando esforços para dar conta do volume de informações obtidos por depoimentos de diretores da empreiteira, que, pelo seu conteúdo bombástico, foi denominada de Delação do Fim do Mundo.
Até a semana passada, 30 pedidos de inquéritos teriam sido concluídos e a expectativa é que o número seja ainda mais expressivo. A estimativa é que as delações da empreiteira envolva mais de 200 lideranças políticas, com ou sem mandato.
Nos últimos dias, o chefe do Ministério Público Federal vem concentrando esforços para dar conta do volume de informações obtidos por depoimentos de diretores da empreiteira, que, pelo seu conteúdo bombástico, foi denominada de Delação do Fim do Mundo.
Até a semana passada, 30 pedidos de inquéritos teriam sido concluídos e a expectativa é que o número seja ainda mais expressivo. A estimativa é que as delações da empreiteira envolva mais de 200 lideranças políticas, com ou sem mandato.
“A lista pode manchar a biografia de muitos políticos. Vivemos uma fase de denuncismo no Brasil. O fato de um nome aparecer na lista, mesmo que a pessoa não seja culpada, gera um julgamento moral da opinião pública”, avalia o cientista político, Hely Ferreira.
A lista, com base em acordos de delação premiada de 78 executivos da Odebrecht e mais de 900 depoimentos, deveria ter sido concluída na última sexta-feira, mas acabou sendo adiada, devido ao grande volume de informações. Já é certo que os inquéritos deverão envolver os nomes de ministros, senadores e parlamentares de todos os grandes partidos do País.
Alvos
Entre os alvos especulados, estariam os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), além do presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), o senador José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).
Os pedidos serão recebidos pelo relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin. A partir de então, serão abertos inquéritos no Supremo e na Justiça de primeira instância, neste último, contra acusados sem foro privilegiado. Lideranças sem mandato podem acabar com suas investigações caindo diretamente no colo do juiz Sérgio Moro, responsável pelo braço da Lava Jato no Paraná, mas ações podem se desdobrar em todo o País.
A primeira lista do procurador-geral da República foi enviada ao Supremo em março de 2015. Em dois anos, os resultados da ofensiva não tiveram avanços expressivos na Corte Alta. Inicialmente, nas mãos do ex-ministro Teori Zavascky, falecido no início do ano, apenas quatro políticos se tornaram réus no processo. São eles os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Nelson Meurer (PP-PA) e os senadores Gleisi Hoffmann (P-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
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