Da Redação, com Rádio Vaticano
No Angelus deste domingo, 21, o Papa Francisco pediu aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, que o acompanhem com as orações na viagem que fará a partir desta segunda-feira, 22, ao Rio de Janeiro.
O Santo Padre vem ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, que espera reunir mais de dois milhões de jovens na capital carioca.
Francisco desembarcará na cidade às 16h (hora local), na terça-feira terá um dia mais reservado à oração, na quarta visitará o Santuário de Aparecida e a partir de quinta-feira participará do encontro mundial no Rio de Janeiro. Na capital, seu primeiro evento público será a celebração da Missa de acolhida, na Praia de Copacabana, às 18h.
Dezenas de milhares de pessoas ouviram suas palavras neste domingo, e em meio a elas, o Papa viu uma faixa com os dizeres ‘Boa Viagem’, o que lhe deu a ocasião para pedir aos fiéis que o acompanhem ‘espiritualmente’ nesta Jornada.
Francisco disse ainda que no Rio e em todo o mundo esta será a ‘Semana da Juventude’ e convidou os jovens a questionar-se sobre o caminho que devem seguir em suas vidas.
“Todos os que estarão no Rio querem ouvir a voz de Jesus: Senhor, o que devo fazer de minha vida? Vocês, jovens presentes aqui na Praça, façam a mesma pergunta ao Senhor”.
Oração e serviço
Antes da oração mariana, o Papa Francisco falou aos fiéis a respeito do Capítulo 10 do Evangelho de São Lucas, que narra a hospitalidade oferecida pelas irmãs Marta e Maria a Jesus em Betânia.
As duas foram acolhedoras com o Senhor, mas tiveram atitudes diferentes: enquanto Maria, aos pés do Senhor, escutava a sua palavra, Marta estava ocupada com seus afazeres, agitada por muitas coisas, e foi repreendida por Jesus. Com doçura, ele lhe explicou que se alguém quer verdadeiramente segui-lo, é necessário que se torne seu discípulo, escutando-o. Do contrário, não poderá agir em conformidade com a sua palavra.
“As obras de serviço e caridade do cristão não devem jamais se separar da oração, da escuta da Palavra do Senhor, assim como o fez Maria, aos pés de Jesus, comportando-se como uma discípula. E por isso, Marta foi repreendida”.
O Papa explicou que servir e orar são dois comportamentos importantes, mas não contrapostos; devem ser vividos em unidade e harmonia.
“A oração que não gera uma ação concreta em ajuda de nossos irmãos pobres, doentes, carentes, que precisam de nós, é uma oração estéril e incompleta. Por outro lado, quando no serviço eclesial se presta mais atenção no ‘fazer’, dando mais importância às funções e estruturas, corre-se o risco de servir apenas a si mesmo e não a Deus, presente no irmão necessitado”.
Concluindo, o Papa citou São Bento, com o seu lema “ora et labora”, e lembrou que “é da contemplação, da relação da amizade que temos com o Senhor, que nasce em nós a capacidade de viver e de ter conosco o amor de Deus, sua misericórdia e ternura para com o próximo. E a consciência de que nossa atenção com o irmão carente e nosso trabalho de caridade nas obras de misericórdia nos aproximam do Senhor”.
No final do encontro, o Papa concedeu a sua bênção e desejou aos presentes “Bom domingo” e “Bom almoço”.
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