Ibovespa iniciou o pregão com valorização acima de 3%.
No ano, indicador mostra desvalorização de 10,18%.
A quinta-feira (3) era marcada por fortes altas na Bovespa, com destaque para papéis de empresas com participação estatal, como Petrobras, após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciar que acolheu pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O mercado também reage bem à aprovação pelo Congresso, na quarta-feira, da redução da meta fiscal deste ano, autorizando o governo a trocar a previsão de um superávit de R$ 66,3 bilhões em 2015 por um déficit que pode bater em R$ 119,9 bilhões. Com isso, o Executivo teria condições de revogar o decreto editado na segunda-feira para contingenciar R$ 11,2 bilhões de despesas não obrigatórias, e que ameaçava paralisar a administração pública.
Às 15h33, o principal índice de ações da bolsa subia 3,36%, aos 46.422 pontos. Veja a cotação.
A alta é puxada pelas ações do Banco do Brasil e do Itaú, que sobem mais de 7%.
Já o dólar opera em queda de mais de 1%, cotado abaixo de R$ 3,80. Veja cotação
Na noite da véspera, Cunha afirmou que aceitou o pedido de impedimento elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, com apoio da oposição, que é baseado, entre outros pontos, nas chamadas "pedaladas fiscais".
Na visão do gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management, trata-se de uma reação inicial de euforia com a expectativa de mudança que se abre, mas não deve ser sustentável. "Não é algo trivial... O processo em si é bastante incerto, e deve adicionar ainda mais volatilidade neste momento."
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